Brasil | 16 de agosto de 2018 11:55

Mulheres assumem pela primeira vez o comando da maioria dos tribunais superiores

* G1

Cármen Lúcia (STF), Rosa Weber (TSE), Laurita Vaz (STJ), Raquel Dodge (PGR) e Grace Mendonça (AGU)

A posse da ministra Rosa Weber como nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez com que as mulheres passassem a assumir, pela primeira vez na história, a chefia da maioria dos tribunais superiores do país.

Rosa Weber tomou posse nesta terça-feira (14) no lugar de Luiz Fux e chefiará o TSE até 2020. Caberá a ela comandar o processo eleitoral de outubro, no qual serão definidos o novo presidente da República, governadores, senadores e deputados (federais, estaduais e distritais).

Além do TSE, as mulheres ocupam a presidência de outros dois tribunais superiores: Cármen Lúcia preside o Supremo Tribunal Federal (STF) e Laurita Vaz comanda o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Os outros dois tribunais superiores são presididos por homens: o Tribunal Superior do Trabalho (TST) é comandando pelo ministro João Batista Brito Pereira e o Superior Tribunal Militar (STM), pelo ministro José Coêlho Ferreira.

Além dos tribunais, as mulheres também ocupam o comando de outros órgãos que atuam diretamente no Poder Judiciário: Raquel Dodge é a atual procuradora-geral da República, e Grace Mendonça, ministra da Advocacia-Geral da União (AGU).

O feito, porém, será interrompido em 29 de agosto, quando o ministro João Otávio de Noronha assumirá a presidência do STJ no lugar de Laurita Vaz. Depois, em 13 de setembro, o ministro Dias Toffoli tomará posse como presidente do STF, sucedendo Cármen Lúcia.

‘Cometa Halley’

Nesta terça, ao comentar a posse de Rosa Weber, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, comemorou a coincidência de a maioria dos tribunais superiores atualmente ser presidida por mulheres e citou o cometa Halley, corpo celeste que passa próximo ao planeta Terra a cada 76 anos.

“É uma coincidência feliz. Esperamos todas que ela se repita em um ciclo menor do que o do cometa Halley, que passa pela terra em ciclos de 70 anos. Espero que, em uma oportunidade mais breve, esta coincidência se repita, em que cinco mulheres estejam a frente do sistema de administração de Justiça do Brasil”, disse Raquel Dodge.

Fonte: G1