Há exatos 10 anos, a juíza Patrícia Acioli, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), foi morta por policiais militares, em Niterói. Nesta quinta-feira (12), a AMAERJ homenageia a memória da magistrada, exemplo de coragem, determinação e trabalho em defesa dos direitos humanos.
Nascida em Niterói, em 1964, Patrícia Acioli formou-se em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ela foi defensora pública e posteriormente ingressou na Magistratura fluminense. Titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, a juíza se notabilizou pela atuação firme contra os crimes cometidos por agentes da lei.
Na madrugada de 12 de agosto de 2011, Patrícia Acioli retornava do trabalho, no fórum de São Gonçalo, quando, ao chegar à porta de casa, no bairro de Piratininga, em Niterói, seu carro foi alvejado por dois motociclistas mascarados. Ela morreu imediatamente em consequência dos 21 disparos de armas de fogo. As cápsulas de munição pertenciam ao 7º Batalhão da Polícia Militar de São Gonçalo.
Dias antes do assassinato, a juíza havia decretado a prisão de oito policiais militares pelo envolvimento com o crime organizado. Horas antes de morrer, Patrícia Acioli expediu mandados de prisão contra dois PMs, réus em um processo sobre a morte de um morador da favela do Salgueiro, em São Gonçalo.
Patrícia Acioli tinha 47 anos e deixou três filhos. Em 2012, a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro criou o Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos, com o objetivo de perpetuar o legado da magistrada. A premiação já laureou 90 defensores da dignidade humana.
A 10ª edição do Prêmio receberá inscrições até 22 de agosto, em quatro categorias: Práticas Humanísticas, Reportagens Jornalísticas, Trabalhos Acadêmicos e Trabalho dos Magistrados. Inscreva-se aqui.
Leia também: 10º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli inscreve até 22 de agosto
Cristo Redentor recebe o símbolo da campanha Sinal Vermelho
No Corcovado, ministros, juízes e parlamentares exaltam Justiça e democracia