O ministro Luis Felipe Salomão recebeu a Medalha AMAERJ, em seu gabinete no Superior Tribunal de Justiça (STJ), na noite desta terça-feira (14). “É uma honra receber esse reconhecimento da classe, depois de tanto tempo que passei pela AMAERJ. Talvez tenha sido a homenagem mais relevante para o meu conforto. É a homenagem mais sensível que já recebi”, afirmou o laureado, que presidiu a Associação de 2002 a 2003.
A homenagem reuniu, em Brasília, os presidentes Felipe Gonçalves, da AMAERJ; Henrique Figueira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ); e Renata Gil, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB); o ministro Antonio Saldanha, do STJ; o conselheiro Mauro Martins, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); a presidente eleita da AMAERJ, Eunice Haddad; e os juízes Flávia Melo Balieiro, diretora-adjunta da Associação; Daniel Vargas, auxiliar do STJ; e Mirela Erbisti.
O presidente Felipe Gonçalves destacou que a Medalha AMAERJ, criada em comemoração ao 30º aniversário de fundação da entidade, homenageia personalidades que contribuíram de forma relevante ao associativismo e ao fortalecimento do Poder Judiciário.
“A própria classe indicou e escolheu os contemplados. Ministro Salomão, muito me honra entregar esta medalha e saber que sou sucessor de uma cadeira que já pertenceu ao senhor, que é um grande líder e tem uma mente brilhante”, disse Gonçalves.
Salomão se desculpou por não ter conseguido participar da solenidade de entrega da medalha, realizada na sede da AMAERJ na segunda-feira (13), em razão dos compromissos no STJ. Em seguida, o ministro celebrou a ida dos magistrados fluminenses à capital federal. “A presença dos colegas do Rio aqui me deixa muito feliz. São amigos de vida, estamos juntos há tanto tempo. Isso é um presente. Agradeço a presença de todos.”
“Agradeço também ao Felipe, a Eunice e aos colegas da AMAERJ pela medalha. Fico muito honrado em receber esta referência da classe. É um reconhecimento posterior de tanta dedicação e tanto trabalho. Só quem foi dirigente associativo sabe o quanto pesam as demandas, as cobranças, as decisões relevantes que devemos tomar do ponto de vista institucional e da carreira. A Associação é o primeiro filtro de onde passam todas as angústias e os problemas. O primeiro telefone é sempre para o presidente da Associação. Agradeço pela indicação e avaliação, vou guardar a medalha bem aqui do lado esquerdo do peito”, frisou.
A presidente da AMB celebrou a união da Magistratura do Rio. “A cena que eu vi agora, que me emociona também, demonstra que o Rio amadureceu muito. Vivemos um momento de serenidade e paz institucional. Isso se deve aos nossos líderes. Agradeço ao Felipe por esta homenagem. Agradeço ao Henrique, ao Luis Felipe, ao Saldanha e ao [Marco Aurélio] Bellizze, que são verdadeiros escudeiros do nosso Judiciário, especialmente o do Rio de Janeiro. Eles estão sempre atentos. Me sinto prestigiada de conviver com vocês. Vocês são muito importantes para o momento que estamos vivendo”, disse Renata Gil.
O presidente do TJ-RJ relembrou o trabalho com Salomão na 1ª Câmara Cível. “Foi o seu primeiro posto após a promoção. Um período ótimo, onde trocamos boas ideias e nos aproximamos mais ainda. Parabéns pela homenagem. Receber esse prêmio, não por indicação de A, B ou C, mas da classe, de todos os magistrados, é um reconhecimento do grande esforço e trabalho que, desde o desembargador Thiago [Ribas Filho], a AMAERJ vem fazendo, solidificando cada vez mais. A AMAERJ cresce a olhos vistos. Isso dá tranquilidade também para a administração. Os ministros nos ajudam o tempo todo, nos orientando, nos dando a força que é indispensável para que o Tribunal e a Associação tenham sucesso nos seus pleitos e demandas nas instâncias superiores”, afirmou Figueira.
Nascido em Salvador (BA), Salomão formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi promotor de Justiça de São Paulo, juiz da 2ª Vara Empresarial do Rio e desembargador do TJ-RJ. Integrou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no período 2019-2021. É ministro do STJ desde 2008.
Seis magistrados receberam a primeira Medalha AMAERJ. Além de Salomão, foram homenageados os desembargadores aposentados Thiago Ribas Filho, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho e Roberto Felinto, do TJ-RJ; o desembargador Aluisio Mendes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2); e a juíza Renata Gil.
30 anos
A AMAERJ foi fundada em 29 de novembro de 1991, a partir da fusão da Associação dos Magistrados Fluminenses (AMF), criada em 1954 e sediada em Niterói, com a Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (AMARJ), surgida em 1958.
Na década de 50, o Rio de Janeiro era a capital federal. Com a ida da capital para Brasília, foi criado, em 1960, o Estado da Guanabara, cuja capital era o Rio. O Estado do Rio de Janeiro tinha a cidade de Niterói como capital. A fusão da Guanabara com o velho Estado do Rio aconteceu em 1975. As entidades representativas da Magistratura se uniram 16 anos depois.
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