CNJ | 10 de fevereiro de 2022 13:53

Maioria do pessoal da Justiça se vacinou contra Covid, aponta estudo do CNJ

Conselho Nacional de Justiça | Foto: Gil Ferreira/ Agência CNJ

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) apresentou os resultados da pesquisa “Saúde Mental de Magistrados e Servidores no Contexto da Pandemia da Covid-19”. Dos 21.646 participantes da pesquisa, 63% são oriundos da Justiça Estadual e cerca de 9% são magistrados. A maioria dos pesquisados já estava vacinada contra a Covid-19, totalizando 97,4%.

Apenas 1,3% informaram ter tomado a primeira dose. O mesmo percentual relatou não ter tomado o imunizante. Os diagnosticados com a Covid-19 chegaram a 23%.

O primeiro levantamento aconteceu em 2020, ano em que começou a pandemia de coronavírus e levou a Justiça a adaptar suas formas de trabalho. O novo estudo, realizado online em dezembro de 2021, foi apresentado na segunda-feira (7) no 4º Seminário Nacional sobre Saúde dos Magistrados e Servidores do Poder Judiciário. Leia aqui os dados na íntegra.

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Impactos da pandemia

Os impactos na rotina dos servidores e magistrados foram analisados. Mais da metade, 62,5%, afirmaram que saíam de casa para atividades pessoais com menor frequência do que antes da pandemia. Quase 20% revelaram raramente sair de casa.

A pandemia de coronavírus impactou o corpo e a mente dos integrantes do Judiciário: 60,8% dizem estar mais cansados; cerca de 48% tiveram alterações na rotina do sono; e 46,3% relataram dificuldade de concentração e perda de memória. Alterações no peso foram percebidas por 44% dos voluntários. Mais da metade afirmaram ter perdido parente ou amigo em decorrência da pandemia.

Trabalho e retomada

O aumento no volume de trabalho foi percebido por 55% dos entrevistados _66,6% acreditam dedicar mais tempo ao trabalho agora do que no serviço presencial.

A minoria, 15%, não se sente confortável para voltar ao trabalho presencial,mesmo com a adoção de regras de segurança. Para 35%, é preferível manter a forma virtual para reuniões de trabalho. Já 63% aprovam o estabelecimento de um rodízio de trabalho.

Para sentirem segurança em um retorno ao trabalho presencial, dois em cada três profissionais do Judiciário (66,1%) citaram como requisito a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de vacina. O uso obrigatório da máscara dentro das unidades de Justiça foi indicado por 65%.

Perfil dos entrevistados

Os 21.646 entrevistados têm entre 18 e 78 anos. Magistrados correspondem a cerca de 9% dos participantes; servidores, 81,8%; e funcionários comissionados sem vínculo formam 6,7%.

A maioria das respostas (63%) veio de magistrados e servidores da Justiça Estadual (13.650), ramo com mais unidades e força de trabalho de todo o Judiciário nacional. A Justiça do Trabalho vem em segundo lugar (13,8%), seguida da Justiça Eleitoral (11,5%), Justiça Federal (9,6%) e Tribunais Superiores (1,2%). Demais ramos participaram com menos de 1%. As mulheres representaram 57% de voluntários. Os demais 43% eram homens. A maioria se identificou como pessoa branca (quase 70%). Pessoas negras representaram 28%; indígenas (ou origem oriental), 2,2%.

A maioria (67%) é de pessoas casadas ou que mantêm relação estável com pessoa de outro sexo; homoafetivos casados ou em união estável representaram 2,2%. Pessoas solteiras são 20,6% do total.

*Com informações do CNJ