Cultura | 13 de dezembro de 2023 18:27

Magistrados prestam homenagem póstuma ao desembargador Antônio Izaías

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) promoveu, nesta quarta-feira (13), o lançamento do livro “Complementando os Registros Históricos – Uma breve contribuição à História de Bom Jesus do Itabapoana”, escrito pelo saudoso desembargador Antônio Izaías da Costa Abreu (1932-2022). Magistrados prestaram homenagem póstuma ao colega no evento, que reuniu amigos, familiares e servidores.

A obra veio a público após o falecimento do magistrado por iniciativa de suas filhas, Beatriz e Elizabeth. O evento aconteceu no Espaço de Arte Desembargador Deocleciano Martins de Oliveira Filho, no Hall da Lâmina 3 do Fórum Central.

O desembargador aposentado Miguel Pachá, presidente do Tribunal no biênio 2003-2004, fez um resumo da obra escrita por Izaías e falou sobre o colega de Magistratura. “Devo dizer que Antônio Izaías, em todas as comarcas que passou, deixou a sua marca. Deixou sua marca de homem organizado, honesto e cumpridor de seus deveres e obrigações”, disse.

Desembargadores Miguel Pachá e Marcus Faver, juiz Enrique Carrano e as filhas de Antônio Izaías, Beatriz e Elizabeth

Sobre as diversas obras escritas pelo homenageado, o desembargador aposentado Marcus Faver, presidente da Corte fluminense no biênio 2001-2002, afirmou que o magistrado “não fez um trabalho apenas de jurista”. “Fez um trabalho de escritor, de registrador, de memorialista. Um trabalho extraordinário do historiador para as entidades e para os governos.”

Amigo do desembargador Antônio Izaías, o juiz Enrico Carrano falou em nome da família do homenageado. “Antônio Izaías da Costa Abreu é uma bela alma, porque durante toda a peregrinação terrena transformou em prosa e em poesia as angústias e agruras do existir. Historiador, Izaías personificou o ideal do magistrado como um homem de cultura.”

Desembargador Antônio Izaías da Costa Abreu

Memorialista do Judiciário fluminense e do Estado do Rio de Janeiro, o desembargador Antônio Izaías exerceu a Magistratura de 1972 a 2002.

A motivação para o desembargador escrever o livro surgiu de um pedido do amigo e historiador Luciano Bastos, a fim de fosse descoberto o paradeiro de uma figura ilustre na sua cidade natal – o alferes Silva Pinto. O magistrado mergulhou na história de vida do fundador de Bom Jesus de Itabapoana (Norte Fluminense) e realizou um trabalho embasado em grandes pesquisas.

Antônio Izaías escreveu 15 livros, como “Palácios e Fóruns do Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (história e iconografia)”, “O Judiciário fluminense no período republicano”, “O Judiciário Fluminense e suas comarcas capital”, “A morte de Koeler: a tragédia que abalou Petrópolis”, “A Colonização do Sudeste: a Prevalência Italiana”, “Quilombos em Petrópolis” e “Municípios e Topônimos fluminenses”.

Produziu, ainda, documentários cinematográficos, como “Ruínas de Macacu e do Convento São Boaventura” (1988), “O Quilombo de Paty do Alferes” (1988) e “O Retorno da Princesa” (2010).

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