Os desembargadores Renata França e Wagner Cinelli inauguraram, na manhã desta terça-feira (10), a exposição ‘Não cale a sua voz’, no Salão dos Passos Perdidos, no Museu da Justiça do Rio de Janeiro. Diretora-adjunta da AMAERJ, a juíza Rita Vergette representou a Associação no evento.
A exposição, idealizada pela ativista Anna Paula Nienkötter Tavares, que também assina a curadoria dos retratos, reúne imagens em preto e branco de mulheres vítimas de violência, além de fotografias coloridas de mulheres que enfrentaram situações de violência e se tornaram inspiração e símbolo da luta a favor da dignidade feminina.
Diretor Cultural da AMAERJ, o desembargador Wagner Cinelli destacou que a data escolhida para inaugurar a coletânea artística no Museu não foi selecionada por acaso. “Hoje é um dia especial porque é o Dia dos Direitos Humanos. Uma das áreas dos direitos humanos é a violência contra a mulher. É uma pauta que não podemos abdicar, porque ela é histórica, trágica, presente e não vai acabar neste ano, ou em dez anos. Trabalhamos pela conscientização, prevenção e redução [da violência]”, declarou o magistrado.
Para a desembargadora Renata França, a exposição acontece em um momento muito importante para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). “Estamos no final de uma gestão que olhou para o Museu com muito cuidado e atenção. O Museu é lugar de fomentar a cultura e trazer discussões que são importantes para a sociedade”, disse.
A diretora-adjunta da AMAERJ Rita Vergette falou sobre o problema sistêmico da violência contra a mulher observado pelo Judiciário.
“A Justiça estadual é a Justiça do cotidiano, que entra na vida das pessoas e está no dia a dia do cidadão. A quantidade de processos que vemos mostra que é preciso agir muito para conscientizar e prevenir desdobramentos tão severos na vida dessas mulheres, e também das crianças que presenciam realidades tão duras nos seus lares. Parabéns pela exposição”, exaltou a juíza.
Segundo a idealizadora da exposição, ela foi realizada como um chamado à reflexão e à ação. “Hoje é Dia dos Direitos Humanos, e a dignidade da pessoa humana é o alicerce de uma sociedade justa e igualitária. No entanto, vivemos em um cenário onde meninas e mulheres enfrentam diversas formas de violência que atentam contra esses valores essenciais”, concluiu Ana Paula.
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