2018 foi o segundo ano com mais ações de violência contra a mulher registradas no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro): de janeiro a novembro, houve 111.391 novos processos, perdendo apenas para 2014 (na comparação com o mesmo período), com 112.396 casos. As informações são do Observatório Judicial da Violência Contra a Mulher.
Já as concessões de medidas protetivas de urgência bateram recorde em 2018: 21.759 registros, 91 a mais que em 2015. O Projeto Violeta, do TJ-RJ, – também teve índices altos: em Campo Grande, Zona Oeste, foram 285 casos, quase o dobro do ano passado. O projeto é voltado à proteção da mulher.
O crime de lesão corporal é o que tem mais processos tramitando no Estado do Rio: 46.662 processos até novembro de 2018, número superior a todo o ano de 2016, quando foram anotadas 45.301 ações. Outro crime que cresceu foi o de supressão de documentos, que figura como violência patrimonial contra a mulher: 137 casos, o maior desde 2012.
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A Cejuvida (Central Judiciária de Abrigamento Provisório da Mulher Vítima de Violência de Doméstica) bateu recorde de atendimentos em 2018: 1.389 casos, 289 a mais que ano passado e quase o dobro do registrado em 2016. Criada em 2010 para apoiar mulheres e filhos menores vítimas de violência doméstica e familiar em risco e integrada ao Plantão Judiciário, a Cejuvida atua como núcleo integrado de apoio a juízes e delegados que precisem garantir o encaminhamento emergencial das vítimas às casas-abrigo.
Outro serviço que alcançou o maior índice da série histórica foi o Nudeca (Núcleo de Depoimento Especial de Crianças e Adolescentes). Foram ouvidos 148 menores por especialistas do TJ-RJ e houve 132 depoimentos validados por magistrados.
*Com informações do ConJur