*ConJur
Apenas médicos podem promover exames oftalmológicos e emitir receitas de óculos e lentes de contato. Com esse entendimento, a 2ª Vara Cível de Campos dos Goytacazes concedeu, na última segunda-feira (25), tutela de urgência para proibir duas óticas da cidade de exercer as atividades de atendimento, exame e quaisquer prescrições de receitas.
Leia também: COMAQ prorroga ajuste da mediana e libera ações ao Grupo de Sentença
EMERJ oferece em março três cursos de formação para magistrados
‘O Globo’ publica artigo de Wagner Cinelli sobre violência doméstica
O juiz Rodrigo Moreira Alves afirmou que os documentos apresentados pelo Ministério Público contêm “indícios claros” de exercício ilegal da medicina por optometristas. Isso por meio da realização de exames oftalmológicos e emissão de receitas com prescrição de lentes, atos exclusivos de profissional graduado em medicina, com o devido registro no conselho regional.
Para o magistrado, a atividade das óticas pode causar risco à saúde da população, já que não se pode precisar “quais grupos de pessoas serão atendidas e em qual nível se pode atrapalhar o diagnóstico das demais doenças oftalmológicas”.
O juiz também proibiu as óticas de promover qualquer oferta, publicidade, promoção, ou, ainda, atendimento de clientes que resultem em consultas e exames feitos por optometristas. Alves fixou multa de R$ 3 mil para cada ato que desrespeitar a decisão.