O ex-presidente da República Michel Temer foi preso em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (21), pela força-tarefa da Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro. Os agentes também prenderam o ex-ministro Moreira Franco. Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas (7ª Vara Federal Criminal do Rio).
Na decisão, Bretas afirma que Michel Temer é o “líder da organização criminosa” responsável por atos de corrupção descritos pela PR-RJ (Procuradoria da República no Rio de Janeiro).
Temer é acusado de ter recebido propina por meio de um contrato de empreiteiras com Eletronuclear, estatal responsável pela construção da usina nuclear Angra 3.
“Por sua posição hierárquica como vice-presidente ou como presidente da República do Brasil, e a própria atitude de chancelar negociações do investigado Lima o qual seria, em suas próprias palavras, a pessoa ‘apta a tratar de qualquer tema’, é convincente a conclusão ministerial de que Michel Temer é o líder da organização criminosa a que me referi, e o principal responsável pelos atos de corrupção aqui descritos”, escreveu o juiz.
Michel Temer responde a dez inquéritos. Cinco deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à época em que era presidente da República. O STF os encaminhou à primeira instância depois que Temer deixou a Presidência da República.
Temer foi o 37º presidente da República do Brasil. Assumiu o cargo em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, e ficou até o final do mandato, encerrado em dezembro do ano passado.
(Com informações do G1 e do UOL)