Destaques da Home | 14 de fevereiro de 2022 14:50

Filme conta a história da juíza Patrícia Acioli, que faria 58 anos nesta segunda (14)

Juíza Patrícia Acioli | Foto: Reprodução

A juíza Patrícia Acioli completaria, nesta segunda-feira (14), 58 anos de vida. A magistrada foi morta em emboscada, executada por policiais militares, ao chegar em casa em Niterói na noite de 12 de agosto de 2011. A busca por justiça após sua morte chegará aos cinemas brasileiros em forma de documentário.

O longa-metragem “Patrícia Acioli, a juíza do povo” mostrará os bastidores do assassinato da magistrada, a rotina na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo e sua vida pessoal. Roteiro e direção são assinados por Humberto Nascimento, primo da magistrada.

Embora seja um documentário, o filme terá encenações. A juíza é interpretada pela atriz Maíra Porto. Os assassinos, pelos atores Lucas Toledo e Pablo Marcell.

O projeto foi um dos vencedores do 2º Edital de Fomento ao Audiovisual da Prefeitura de Niterói de 2019, mas, devido à pandemia, só começou a ser rodado em 2021, dez anos após sua morte. Acompanhe na página de Facebook e no perfil do Instagram “A juíza do povo” as filmagens e mais informações sobre o documentário.

Atriz Maíra Porto interpreta a juíza Patrícia Acioli em filme | Foto: Reprodução/ Facebook

Uma das entrevistadas do longa é a desembargadora do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) Regina Lúcia Passos, diretora de Assistência e Previdência da AMAERJ. Elas se conheceram em um curso preparatório de concurso, recém-formadas em Direito. Entre as muitas horas de estudos, desenvolveram uma grande amizade, como conta a magistrada. Foram aprovadas juntas para a Defensoria Pública do Rio e em outros concursos, até ingressarem na Magistratura do Estado do Rio.

Regina antecedeu Patrícia no Tribunal do Júri de São Gonçalo: foi juíza por 6 anos; a amiga, por 12. “Pedi para ela sair de lá, mas ela disse que não podia porque tinha uma missão a cumprir”, relembrou Regina.

A diretora da AMAERJ sustenta ser necessário manter viva a história e a luta da amiga. “Ela era obcecada por Justiça. É muito importante que a memória de Patrícia seja avivada, lembrada com o carinho e respeito que merece, mas também com o pleito de justiça verdadeira”, destacou.

Em 2012, foi criado pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro o Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos. A premiação celebra a memória da magistrada e premia defensores dos direitos humanos e trabalhos que contribuam para o avanço da sociedade. Confira no site do Prêmio notícias e fotos da última edição, em novembro de 2021.

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