AMAERJ | 19 de junho de 2024 15:56

Juíza Eunice Haddad acompanha sabatina do ministro Mauro Campbell, aprovado pelo Senado para a Corregedoria Nacional

Juíza Eunice Haddad com líderes associativos e integrantes do CNJ | Foto: AMB

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (19), a indicação do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para o cargo de corregedor nacional de Justiça. Acompanharam a sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e a votação no Congresso, em Brasília, ministros do STJ, integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e líderes associativos, entre eles a juíza Eunice Haddad, presidente da AMAERJ e vice-presidente de Assuntos Legislativos da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

Atual diretor-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), o ministro foi aprovado na CCJ por unanimidade (27 votos). No Plenário, recebeu 62 votos favoráveis e um contra, além de uma abstenção. Agora a indicação segue para a Presidência da República.

Na sabatina, o ministro Mauro Campbell destacou a grande carga de trabalho dos magistrados. “Em 16 anos no STJ, julguei 221 mil processos. O Judiciário nacional é grandioso, tem números desafiadores. Nenhum país do mundo possui 80 milhões de processos em tramitação. Nenhum juiz do mundo possui a carga de trabalho que o juiz brasileiro possui”, afirmou.

“Aqui fica o primeiro registro, caso aprovado para o exercício do cargo de corregedor nacional de Justiça, de reinaugurar um diálogo com a Magistratura nacional. Temos vários Brasis em um só Brasil. O juiz que atua no Rio Grande do Sul, no interior de São Paulo, Goiás, Ceará e Amazonas, todos eles enfrentam peculiaridades nessa atuação e merecem o nosso respeito pela dignidade do cargo e pelo excesso de trabalho que exercem”, ressaltou.

Ministro Mauro Campbell e senador Davi Alcolumbre, presidente da CCJ | Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Para Mauro Campbell, o avanço da tecnologia é fundamental no Judiciário. “A utilização de ferramentas tecnológicas de ponta, como a inteligência artificial, deve ser efetiva para qualificar ainda mais a jurisdição que nós prestamos.”

Durante a sabatina, o ministro frisou a importância da independência da Magistratura, da observância dos precedentes e da presença do magistrado na comarca. “A sociedade precisa ter na figura do juiz a serenidade, a ponderação, a mediação, o veículo condutor de paz social na comarca.”

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Trajetória

O ministro Mauro Campbell foi indicado pelo Pleno do STJ em abril para a Corregedoria Nacional de Justiça, na vaga do ministro Luis Felipe Salomão, que assumirá a Vice-Presidência do Tribunal da Cidadania.

Nascido em Manaus (AM), o ministro Mauro Campbell integra o STJ desde 2008. Antes, foi membro do Ministério Público do Amazonas (1987-2008), onde atuou como procurador-geral de Justiça. Ainda no Amazonas, foi secretário de Controle Interno, Ética e Transparência (2004); de Segurança Pública (1993-1995); e de Justiça (1991-1993).

É bacharel em Direito pelo Instituto Metodista Bennett (1985). Foi ministro do TSE e corregedor-geral da Justiça Eleitoral. Na função de diretor-geral da Enfam, organizou a primeira edição do Exame Nacional da Magistratura (Enam), recém-criado pelo CNJ.

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