Notícias | 30 de julho de 2013 14:07

Juíza decide arquivar processo contra o estudante Bruno Teles

O estudante Bruno Ferreira Telles, de 25 anos, que foi preso sob a suspeita de portar um coquetel molotov em um protesto do dia 22 teve o caso arquivado nesta segunda-feira (29) pela juíza Ana Luiza Coimbra, do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).

A Polícia Militar acusava Bruno de ter lançado um coquetel molotov contra PMs em confronto perto do Palácio Guanabara, durante protesto no dia 22 de julho contra o governador Sérgio Cabral, mas não foram apresentadas provas desse suposto crime.

No dia seguinte à prisão, o “Jornal Nacional” mostrou com exclusividade que, segundo o inquérito, o depoimento de um PM contrariava o que diziam as polícias Civil e Militar para justificar a prisão, de que ele teria sido detido sob posse do artefato.

Vídeos divulgados nas redes sociais também mostraram Bruno sendo perseguido por policiais e sendo detido, após ser atingido por uma arma de choque, sem qualquer artefato.

Em decisão do desembargador Paulo Baldez, um habeas corpus já havia sido expedido na noite do dia 22 para o dia 23. O documento não só isentava o jovem, como alertava para prisões “sem amparo legal durante as manifestações populares que vêm ocorrendo recentemente no país”.

Família quer indenização

Concluída a ação penal que inocenta o estudante, a família de Bruno Ferreira Telles já se movimenta para, agora, ela própria, mover uma ação contra o estado. “Vamos pleitear uma ação pela atrocidade que fizeram com ele”, adiantou o advogado Miguel Dehon ao G1. Bruno chegou a ser encarcerado numa cela individual e ficou 22 horas detido entre a ida à delegacia e o presídio, segundo ele.

Por conta disso, o advogado vai pedir uma indenização por danos morais e psíquicos. “Vi as imagens (da câmera que Bruno estava no momento da prisão) e vou começar a trabalhar na questão da indenização”, disse Dehon.

Fonte: G1