A juíza Cláudia Márcia Gonçalves Vidal, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), participou do 1º Encontro Nacional de Mulheres da Justiça Restaurativa, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e realizado no Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília. Em palestra, a magistrada falou sobre maternidade atípicas.
De 19 a 21 de março, o evento reuniu mais de 300 mulheres de todo o Brasil, entre magistradas, promotoras de Justiça e facilitadoras restaurativas, que atuam nos Tribunais estaduais e federais, no Sistema de Justiça, em instituições de ensino, entidades comunitárias e na sociedade civil organizada.
Segundo a juíza, que é coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania e integrante do Comitê Permanente de Acessibilidade e Inclusão (COMAI), o encontro inspirou o diálogo e a resolução de conflitos, além de dar visibilidade à maternidade atípica e as suas implicações nos núcleos familiares e na sociedade.
A magistrada implementou no 5º Juizado Especial Criminal do Méier (Zona Norte do Rio) o projeto “Mães Atípicas”, que integra círculos restaurativos, encontros reflexivos e construção de redes de apoio entre as participantes, que são mães da comunidade local. As mulheres relatam lidar com sobrecarga emocional, falta de suporte institucional e dificuldades no acesso a direitos.
“A iniciativa surgiu a partir da percepção de que mães atípicas frequentemente enfrentam desafios invisibilizados, tanto na sociedade quanto no Sistema de Justiça. Muitas lidam com o isolamento, a falta de apoio e, em alguns casos, processos judiciais que não consideram suas realidades. A Justiça Restaurativa surge como um caminho para proporcionar escuta qualificada, fortalecer essas mulheres e promover soluções mais humanizadas para os desafios que enfrentam”, disse a juíza.
*Com informações do TJ-RJ
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