Notícias | 02 de março de 2012 16:41

Juíza Adriana Ramos de Mello recebe, no dia 12, o Diploma Mulher-Cidadã na Alerj

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a juíza Adriana Ramos de Mello, do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, receberá o Diploma Mulher-Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro, no próximo dia 12 (segunda-feira), às 18 horas. A homenagem, realizada anualmente, tem o objetivo de prestigiar cidadãs que lutam pelos direitos da parcela feminina da sociedade. A magistrada se diz honrada com o prêmio e faz questão de dividir a homenagem. “Fico muito feliz e sei que os colegas também ficam. Esse prêmio não é só meu, mas de toda a equipe do 1º Juizado. É um reconhecimento do trabalho que o Tribunal de Justiça realiza no combate à violência contra a mulher”.

Adriana de Mello ressalta o trabalho do TJ-RJ na defesa feminina. “A violência contra a mulher é um fenômeno mundial, não apenas do Brasil. O Poder Judiciário está trabalhando para acabar com isso, desde a Lei Maria da Penha. Esse prêmio só incentiva o nosso trabalho, que precisa continuar. É um reconhecimento para todos”, disse.

O Diploma Mulher-Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro é conferido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), por iniciativa da deputada Inês Pandeló (PT). O objetivo da homenagem é agraciar mulheres de diferentes áreas de atuação envolvidas com a causa feminista e que, muitas vezes, são anônimas em suas lutas.

A cerimônia de entrega dos diplomas acontecerá no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, no Palácio Tiradentes, que fica na rua Primeiro de Março, s/nº, na Praça XV, no centro do Rio de Janeiro.

Neste ano, além da juíza Adriana, serão homenageadas: Ana Rocha (Presidente Estadual do PCdoB e fundadora da União Brasileira de Mulheres), Cleonir Alves – Tia Gaúcha (Fundadora da COMZO – Conselho de Mulheres da Zona Oeste), Glória Marcia Percinoto (Promotora de Justiça e militante do movimento feminista), Irene Alves de Mello (Enfermeira, militante dos direitos das mulheres e preservação do meio ambiente de Casimiro de Abreu), Idonis Batista da Silva (militante do movimento de mulheres e fundadora da Associação Beth Lobo de Volta Redonda), Kássia Peixoto de Carvalho Barros (Psicóloga do CIAM Marcia Lyra), Maria Antonieta Rubio Tyrrell (enfermeira e ex-diretora da Escola de Enfermagem Ana Neri), Marileia Bezerra Alves (Coordenadora do Centro de Referência de Atendimento a Mulher de Cabo Frio) e Patrícia Tolmasquim (professora e militante do movimento de direitos humanos).

Histórico de Leolinda Daltro

Natural da Bahia, a educadora Leolinda Daltro trabalhou com grupos indígenas em Goiás. Precursora do movimento feminista no Brasil, fundou, em dezembro de 1910, no Rio de Janeiro, o Partido Republicano Feminino, depois que a Justiça negou seu pedido de alistamento eleitoral. Também foi a responsável pela mobilização, em novembro de 1917, que reuniu quase cem mulheres, em marcha pelas ruas do Rio de Janeiro pelo direito ao voto. A rebeldia de Leolinda e de suas companheiras chamou a atenção da imprensa, provocou polêmica e deu visibilidade à condição feminina no Brasil. Ela foi a primeira feminista candidata às eleições municipais, em 1919.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj