O juiz Sérgio Ribeiro, diretor de Direitos Humanos e Proteção Integral da AMAERJ e presidente da CEVIJ (Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas da Infância e Juventude e Idoso) do TJ-RJ, concedeu entrevista ao jornal “O Dia” neste domingo (15). Na reportagem, que trata da dificuldade de crianças e adolescentes encontrarem famílias para adoção, o magistrado diz que 92% dos cadastrados têm entre 7 e 17 anos. Ele apresenta o projeto “O Ideal é Real – Adoções Necessárias”, que idealizou com a Associação.
“Os perfis da maioria dos pretendentes e dos cadastrados não batem. Não há fila para a adoção necessária. Muitas dessas crianças não adotadas vivem uma angústia. Ao fazer 18 anos, deveriam sair do abrigo. Mas há no Tribunal de Justiça projeto para ajuda financeira desses jovens até os 24 anos, visando a sua estabilização”, informou o juiz. Veja aqui a reportagem na íntegra.
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O magistrado explicou que as adoções necessárias se referem à adoção de crianças maiores de 8 anos – chamada de tardia –, de grupos de irmãos e de crianças/adolescentes com problemas de saúde. No perfil desejado pela maioria do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) está um bebê, branco, sem irmãos e doenças ou deficiências.
Para Sergio Ribeiro, a sensibilização pode ajudar. “Se pouco mais de 18% dos habilitados mudassem o perfil da criança que desejam adotar, nós conseguiríamos zerar o número de crianças e adolescentes que estão agora nas instituições de acolhimento em todo o país”, analisou.
Dados do CNA, coordenado pela Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), revelam que há no Brasil 46.185 pretendentes para adoção, 4.732 (10,25%) deles no Estado do Rio. Já em relação a crianças e adolescentes, há cadastrados 9.534 no país e 922 (9,65%) no Estado.