É celebrado nesta segunda-feira (12) o Dia Nacional das Artes. O juiz aposentado e pintor Ronaldo Lastres ressaltou como a pintura e o teatro foram importantes para sua carreira na Magistratura. “A arte me ensinou a ser detalhista e o profissional do Direito precisa ser detalhista”, disse.
Integrante do 4º Concurso para Ingresso na Magistratura de Carreira do Estado do Rio de Janeiro, o juiz Ronaldo Lastres tomou posse em 1982. Antes, atuou por oito anos no Ministério Público. Lecionou na Universidade Candido Mendes por 35 anos e aposentou-se do TJ-RJ em 1988.
O magistrado frisou os aprendizados que adquiriu por meio do estudo e prática das artes. “A pintura me ensinou a observar e um profissional do Direito tem que ser observador. No teatro, aprendi a falar com o público, perdi o medo de falar com o público, perdi a inibição. Como professor foi importante o teatro e a arte também. Tanto a pintura, quanto para o teatro são necessários para o comunicador”, afirmou.
Ronaldo Lastres começou a pintar quando era criança, guiado por padres do Colégio São Bento, onde estudava. Para ele, sempre teve alma de artista. “Sempre tive uma ligação muito grande com o desenho e com a pintura. Era um pouco autodidata, copiava um pouco meu pai, que desenhava muito bem, embora não fosse profissional. Tanto que quando jovem, um padre do colégio pedia para eu fazer quadros bíblicos para aula de religião. Fiz até algumas histórias em quadrinhos”, recordou.
O juiz destacou que a arte é uma ferramenta para amenizar “alguns calos criados pelo trabalho”. Ele citou colegas de Magistratura que praticam canto, desenho, pintura e música.
“O Direito é muito árido. Onde você tem que quebrar essa aridez, ter uma visão melhor do mundo, é através da arte. Você precisa ter uma diversificação, porque o Direito, na realidade, é a disciplina do mundo, e isso você só percebe por meio da arte, da literatura”, disse Ronaldo Lastres.
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