A coluna Justiça & Cidadania, do jornal O Dia, publicou nesta terça-feira (21) uma entrevista com o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, diretor-geral da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro (EMERJ). Ele afirmou que o juiz tem que estar antenado ao que acontece. “O magistrado moderno não fica encastelado. Às vezes, leio críticas nos jornais quando um preso é solto, mas o juiz não pode se afastar da lei. A Escola mantém 18 fóruns permanentes com ênfase na formação humanística.”
Confira abaixo a íntegra da entrevista:
O Dia: Há uma crise nas instituições, e o Judiciário está sendo contestado.
Ricardo Rodrigues Cardozo: A Escola faz um link do juiz com a sociedade. Trabalha para que os juízes percebam a importância da prestação jurisdicional célere. A sentença soluciona o conflito, é o produto final.
O Dia: Mas as críticas aumentaram muito.
Ricardo Rodrigues Cardozo: O juiz tem que estar antenado ao que está acontecendo. O magistrado moderno não fica encastelado. Às vezes, leio críticas nos jornais quando um preso é solto, mas o juiz não pode se afastar da lei. A Escola mantém 18 fóruns permanentes com ênfase na formação humanística.
O Dia: Em tempos de crise financeira, as pessoas acham que o Judiciário só olha para si.
Ricardo Rodrigues Cardozo: O magistrado tem direito constitucional ao duodécimo (parcela orçamentária que inclui os salários). Não é um privilégio. São prerrogativas para o juiz decidir imparcialmente. É uma garantia que existe em outros países. Mas o Judiciário concedeu liminares para as outras categorias receberem também.