O cauteloso dia a dia do juiz Felipe Gonçalves (2º secretário da AMAERJ) foi mostrado em reportagem do site Agência Pública. Publicado nesta quinta-feira (21), o texto apresenta a rotina do magistrado fluminense e de juízes de Roraima, Alagoas, Piauí e Paraná, todos ameaçados de morte. Medidas de segurança mais consistentes foram instituídas após o assassinato da juíza Patrícia Acioli, em 2011, no Estado do Rio.
Leia aqui a reportagem na íntegra. Na magistratura há 12 anos, Gonçalves atua na 2ª Vara Criminal de Belford Roxo. Ele conta que usou escolta pela primeira vez, de forma preventiva, em janeiro de 2015, quando determinou a prisão de traficantes de drogas que planejavam matar um delegado e um juiz. Ele trabalhava na Vara Criminal de Maricá, município na Região Metropolitana do Rio.
Ao ser transferido para Magé, cidade a 60km de Maricá, ele dividiu a função com a serventia anterior por um tempo – até sofrer uma ameaça: recebeu uma caixa de bombons com uma substância similar a veneno de rato. O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) concedeu a medida protetiva temporária, que se tornou efetiva meses depois, após outro caso que envolvia políticos e desvio de dinheiro público.
Segundo dados do Diagnóstico da Segurança Institucional do Poder Judiciário, os juízes ameaçados trabalham, em sua maioria (88%), na Justiça Estadual e quase metade (47%) em varas criminais. Em 2017, havia 110 magistrados vítimas de tentativas de intimidação no Brasil.
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