O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, abriu na manhã desta segunda-feira (17) o seminário “A magistratura que queremos”, promovido pela Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). A fala improvisada e descontraída do ministro, futuro presidente da Corte máxima do Judiciário brasileiro, empolgou as cerca de 500 pessoas que lotaram o auditório Antônio Carlos Amorim, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Estavam presentes ministros, desembargadores, juízes, advogados, professores universitários, jornalistas e estudantes de Direito.
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No discurso, Fux se referiu, mais uma vez, a um ponto a que sempre alude em seus pronunciamentos públicos: a necessidade de o Judiciário manter-se independente dos demais Poderes.
“Nós, juízes, devemos ser independentes. Em primeiro lugar, independentes. Olimpicamente independentes”, afirmou Fux, para quem os profissionais da magistratura devem ser caracterizados pela “nobreza de caráter” e “ter a arte de fazer uma Justiça caridosa”.
Na abertura do seminário, a mesa de autoridades foi composta pelo presidente do TJ-RJ, Claudio de Mello Tavares; o diretor-geral da EMERJ, André Gustavo; os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Antônio Saldanha, Luis Felipe Salomão e Marco Aurélio Bellizze; o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Jayme de Oliveira; a presidente da AMAERJ, Renata Gil; o sociólogo Luiz Werneck Vianna; o desembargador Agostinho Teixeira de Almeida Filho; e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.
Ainda ao discursar, Fux contou sentir-se saudoso ao visitar o Tribunal de Justiça. “Sou um filho da Casa. Comecei no prédio velho”, rememorou.
A seguir, foi realizada a Conferência Magna, com a participação do norte-americano Bryan Garth, professor de Direito da Universidade da Califórnia, e coordenação do advogado Sérgio Bermudes.
O seminário prossegue nesta tarde de segunda-feira, com realização de três mesas de debates. A presidente Renata Gil coordenará a discussão sobre a pesquisa “Quem somos. A magistratura que queremos”, que apresenta o mais atual perfil da magistratura brasileira.