Notícias | 14 de dezembro de 2018 16:20

‘Judiciário deve se revolucionar’, diz presidente eleito do TJ-RJ

Reprodução/ConJur

O desembargador Claudio de Mello Tavares, presidente eleito do TJ-RJ, afirmou nesta sexta-feira (14) que o Poder Judiciário deve se revolucionar, adotando uma mudança de estrutura aliada ao planejamento. “Só assim teremos um Judiciário ágil, eficiente, afirmativo e acessível”, afirmou Tavares, no seminário “Perspectivas brasileiras para 2019 — A reorganização do cenário nacional e seus novos protagonistas”, promovido no Rio de Janeiro pelo jornal “O Globo” e pela revista eletrônica Consultor Jurídico (ConJur).

“Não medirei esforços pra fazer um trabalho excelente. O poder só tem sentido se nós, por meio dele, pudermos ajudar nossos semelhantes”, disse o desembargador. Tavares ressaltou o abismo econômico que existe no país.

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“A desigualdade mostra altos índices de corrupção e um serviço de saúde e de educação muito ruim. Os novos nomes que surgiram no cenário político se comprometeram a fazer uma gestão clara e direcionada a nossa população tão carente”, afirmou.

Claudio de Mello Tavares foi eleito, na segunda-feira (10), presidente do TJ-RJ para o biênio 2019-2020. Ele recebeu 104 votos, contra 63 do desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa. A posse será em fevereiro de 2019.

Empreendedorismo

Também presente ao evento, o presidente do Tribunal, Milton Fernandes, destacou o empreendedorismo no Judiciário. Para ele, com a judicialização crescente, é preciso empreender. “Vejo uma perspectiva de futuro positiva com o empreendedorismo do Judiciário”, afirmou.

De acordo com Fernandes, as novas administrações do STF (Supremo Tribunal Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça) têm um caráter empreendedor. “A ferramenta da informática na prestação de processos judiciais é muito importante. O Brasil é um país com judicialização crescente. Com essa quantidade de processos, num país do nosso tamanho e heterogeneidade, temos que unificar a informação”, disse.

O desembargador afirmou ainda que o TJ-RJ já busca de uniformizar a informação como meio de comunicar a jurisprudência. “Acho que a informática é um investimento. Na minha avaliação, a informática dos tribunais deve conversar entre si e com superiores.”

O presidente do TJ acredita que o protagonismo da Justiça tem se tornado excessivo. “O Judiciário não pode se intrometer em políticas públicas do Executivo, mas deve zelar pelo bom andamento da sociedade e correição, e estar aparelhado para isso”, ressaltou.

Fonte: ConJur