A pesquisa da AMB “Quem somos. A magistratura que queremos” foi tema de reportagem do “Jornal Nacional”, da TV Globo, nesta quinta-feira (7). A entidade ouviu cerca de 3.900 juízes em todo o país para traçar o perfil da categoria.
Analisando os dados sobre juízes da primeira instância, a pesquisa revela que eles estão mais velhos. Em 1996, 13% tinham até 30 anos. Agora, apenas 2% tem menos de 30 anos.
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AMAERJ convida magistrados para divulgação no Rio de pesquisa da AMB
O número de juízes católicos diminuiu. Na primeira pesquisa, eram quase 80%; hoje, menos de 60%. Outras religiões, como o espiritismo, ganharam espaço.
Para tornar a Justiça mais eficiente, a maioria apontou soluções tecnológicas, como a videoconferência (96,1%), o processo eletrônico (71%) e a conciliação (69%) como uma maneira eficiente de pacificar conflitos, especialmente em processos na área cível e de família.
De acordo com os juízes, a principal causa de atrasos nos processos é a quantidade de recursos que um réu pode apresentar à Justiça. Os magistrados reclamam da carga de trabalho (95,5%) e da falta de recursos (92,7%), principalmente na primeira instância. E na relação com a imprensa, a maioria dos juízes (80%) considera importante a divulgação das decisões para dar transparência ao trabalho realizado.
A íntegra da pesquisa será apresentada na segunda-feira (11), às 10h, no auditório da EMERJ (Rua Dom Manuel, 25, Centro do Rio de Janeiro). Coordenam o estudo o ministro Luis Felipe Salomão, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), e a presidente da AMAERJ e vice-presidente Institucional da AMB, Renata Gil.