*O Globo/ Ancelmo Gois
O juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal, aceitou a denúncia do MP do Rio para tornar Márcio Almeida de Oliveira, o Marcinho, jogador do Athletico-PR e revelado pelo Botafogo, réu pelos crimes de homicídio culposo na direção de veículo, agravado por ausência de prestação de socorro às vítimas do atropelamento.
Marcinho vira réu cinco meses depois pelas mortes dos professores Alexandre Silva de Lima e Maria Cristina José Soares, atropelados no Recreio dos bandeirantes, em dezembro de 2020. Pelo código penal, o atleta pode ser condenado a pena que varia entre dois a quatro anos de prisão, com agravante por não ter prestado socorro.
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Ontem, o MP do Rio rejeitou o pedido da defesa do jogador para a efetivação de um Acordo de Não Persecução Penal. A oferta era para que o processo penal fosse arquivado com a sua confissão, enquanto Marcinho assumiria responsabilidades não penais pelos crimes cometidos, como o pagamento de uma indenização.
“Eventuais condições acordadas em ANPP não serviriam de reprimenda adequada à conduta, tampouco teriam efeitos inibitórios para a prática de novas atitudes imprudentes, de forma que o mero pagamento de quantia, seja multa e/ou indenização, mesmo com cumprimento de pena restritiva de direitos, não poderia se sobrepor ao interesse público”, diz o promotor responsável pelo caso.