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O projeto Justa, ferramenta que pretende monitorar o Judiciário brasileiro, aponta que, para cada desembargadora negra, existem 33,5 homens brancos ocupando o mesmo cargo em tribunais do país.
O levantamento feito pela plataforma também afirma, por exemplo, que “para cada mulher negra no país, há 0,9 homens brancos. Mas para cada juíza negra, há 7,4 juízes brancos”.
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As informações foram coletadas em base de dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e mostram que as diferenças entre raças também estão presentes no mesmo gênero: existem apenas 2,1% de desembargadoras negras, contra 15% de brancas.
Ainda de acordo com o estudo, homens brancos têm 37,8 vezes mais chances que mulheres negras de se tornarem desembargadores. O número cai para 8,2 para se tornarem juízes.
A Justa foi idealizada pela pesquisadora Luciana Zaffalon e é sediada pelo IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais). O estudo completo será lançado nesta terça (11), em São Paulo.
Fonte: Folha de S.Paulo