Judiciário na Mídia Hoje | 02 de agosto de 2022 14:36

Fux pede respeito a adversários e civilidade na eleição

*Folha de S.Paulo

Presidente do STF, Luiz Fux – Nelson Jr./SCO/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, pediu nesta segunda-feira (1) que os candidatos às eleições deste ano “respeitem os seus adversários” e disse que confia “na civilidade dos debates e, principalmente, na paz que nos permita encerrar o ciclo de 2022 sem incidentes”.

O discurso do presidente do Supremo acontece na primeira sessão da corte após o retorno do recesso de julho do Judiciário. Fux elogiou os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, atual e futuro presidente do TSE.

Também elogiou os próximos presidente e vice-presidente do Supremo, ministra Rosa Weber e Luís Roberto Barroso, que assumem os cargos em setembro.

“Rememoro que, daqui a dois meses, a população brasileira vivenciará um dos momentos mais sensíveis de um regime democrático, qual seja, as eleições, nas quais se externa o exercício do direito-dever inalienável de cada cidadão, que se consubstancia no voto popular”, disse Fux.

“Felizmente, nossa democracia conta com um dos sistemas eleitorais mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo, mercê de ostentar no seu organismo uma Justiça Eleitoral transparente, compreensível, e aberta a todos aqueles que desejam contribuir positivamente para a lisura do prélio eleitoral”.

Ele afirmou que o STF “anseia que todos os candidatos aos cargos eletivos respeitem os seus adversários, que não são seus inimigos; confia na civilidade dos debates e, principalmente, na paz que nos permita encerrar o ciclo de 2022 sem incidentes”.

“É que, a despeito de nossas ricas e salutares diferenças de ideais, opiniões e perspectivas, somos um só povo e um só país. Nesse contexto de pluralidade e de interdependência, a prosperidade do nosso Brasil —seja qual for o resultado das urnas— exige que, ao longo de todo esse processo, sejamos capazes de exercer e de inspirar nos nossos concidadãos os valores da civilidade, do respeito e do diálogo. “

Disse ainda que todos têm liberdade constitucional de se manifestar e expressar suas divergências, “sem censuras ou retaliações”.

Contudo, acrescenta, “forçoso ter em mente que o exercício dessas liberdades exige respeito e responsabilidade para com o próximo e para com o país”.

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