A presidente da AMAERJ, Renata Gil, recebeu nesta quinta-feira (10) integrantes da diretoria da Petrobras/Transpetro, na Sede Administrativa da Associação. Os diretores procuraram a AMAERJ para tratar da crescente incidência de furto de combustível em dutos da estatal. Eles mostraram preocupação com as ações do crime organizado e os riscos para a sociedade.
“São crimes que têm a possibilidade de impactar gravemente as áreas por onde passam os dutos de transporte de combustíveis, causando explosões ou vazamentos de óleos no meio ambiente. O dano ambiental e a integridade humana são as nossas preocupações”, afirmou Eduardo Santiago, coordenador de Direito Penal da Transpetro.
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O crime é identificado como derivação clandestina em oliodutos. O furto ocasiona prejuízos financeiros e ameaça à vida de moradores das comunidades que se instalaram desordenadamente ao redor dos dutos.
Os dutos da Petrobras/Transpetro atravessam 26 mil quilômetros pelo País. A instalação de dutos para o transporte de combustível, como petróleo, nafta, diesel e GLP, retira das estradas a circulação diária de mais de 20 mil caminhões tanques.
Em 2017, a empresa estima a ocorrência de mais de 200 casos de furtos de combustível em seus dutos — 40% no Rio de Janeiro.
“É um tema que tem chamado a atenção da alta administração da Petrobras/Transpetro. Por intermédio de encontros institucionais, o sistema tem buscado difundir informações para as autoridades de segurança pública, envolvendo polícia, Ministério Público, Judiciário e Legislativo”, afirmou Eduardo Santiago.
Também participaram do encontro Maurício de Faria (gerente de Inteligência e Monitoramento e Apurações da Petrobras), Newton de Castro (gerente de Desenvolvimento de Processos de Correção de Dutos da Transpetro) e Lucas Laupman (advogado da Petrobras).