Alguns dos principais mestres das artes marciais no Brasil manifestaram publicamente nesta quinta-feira (29) o apoio à Campanha contra a Violência Infantil, lançada pela AMAERJ no dia 12 deste mês.
Os professores de judô e jiu-jitsu Luciano Mendes, Rafael Ribeiro, Guilherme Iunes, Osmar Moraes e Alessandro Marins enviaram à AMAERJ fotografias em que anunciam a adesão à causa em defesa das crianças brasileiras.
As fotografias serão inseridas nos cartões digitais de divulgação da campanha.
Praticante de esportes marciais, o juiz Richard Robert Fairclough, secretário-geral da AMAERJ, comemora o apoio de esportistas tão importantes.
“A proposta da AMAERJ e das instituições parceiras é expandir ao máximo a Campanha contra a Violência Infantil. A adesão de grandes mestres das artes marciais brasileiras fará esta nobre iniciativa alcançar os alunos, que, por sua vez, mobilizarão os pais e amigos. O esporte dignifica, ensina, educa, proporciona união, camaradagem e respeito. Esta é a hora de a sociedade brasileira dizer que não admite mais os maus tratos às crianças”, afirmou Fairclough.
Já são parceiros da AMAERJ no movimento pró-crianças a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o Colégio de Coordenadores da Infância e da Juventude dos Tribunais de Justiça do Brasil, a Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude (Abraminj), o Fórum Nacional da Justiça Juvenil (Fonajuv), o Fórum Nacional da Justiça Protetiva (Fonajup), as representações do Fórum Estadual dos Juízes da Infância e da Juventude (Foeji) de Sergipe, Paraná e Rio de Janeiro, associações estaduais da Magistratura e a Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amperj).
Há também o engajamento dos magistrados aposentados, representados pelo desembargador Roberto Felinto, expressiva liderança da Magistratura nacional no segmento. Coordenador de Aposentados da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e diretor do Departamento de Aposentados da AMAERJ, Felinto é um entusiasta da campanha.
“Nossas crianças precisam de uma proteção especial. É obrigatório que se dê a elas a chance de crescer em situação mais favorável de saúde e educação. A educação inicial deve durar o dia inteiro, com a prática de esportes e a realização de atividade lúdicas. Vamos protegê-las. Vamos investir no jovens, dando-lhes melhores condições de vida”, disse o desembargador.
A partir do início desta semana a Campanha contra a Violência Infantil vem recebendo o apoio de profissionais de categorias que não integram o ambiente do Direito. O objetivo da AMAERJ e das entidades parceiras é ampliar o alcance do movimento em defesa das crianças e adolescentes.
Além dos esportistas, já aderiram à campanha profissionais de Medicina, História, Direito, Educação, Ciências e Biologia, entre outras atividades laborais.
Para o presidente da AMAERJ, Felipe Gonçalves, “é muito importante ter a adesão de brasileiros que não precisam, obrigatoriamente, trabalhar na Magistratura e no Ministério Público”.
“A causa em defesa das crianças exige a participação de todos”, disse o magistrado.
A presidente da AMB, Renata Gil, juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e presidente da AMAERJ de 2016 a 2019, considera a campanha um marco na mobilização da sociedade civil e dos órgãos públicos em prol da criança brasileira.
“A Magistratura sempre esteve e estará abraçada às causas nobres deste Brasil tão necessitado de melhorias. O engajamento da AMB na Campanha contra a Violência Infantil é consequência da preocupação da classe com a situação aflitiva das crianças. A abominável violência infantil é uma chaga que precisa ser extirpada do seio da nossa sociedade. E seus autores, punidos com rigor, nos termos da lei. A AMB está à disposição nesta luta. E eu, como magistrada, participo de corpo e alma dessa mobilização”, afirmou ela.
Por meio do site e das redes sociais da AMAERJ e parceiros, a Campanha contra a Violência Infantil divulga fotografias de cidadãos de todo o Brasil com as mãos abertas, pintadas na cor azul. A imagem é alusiva ao caso de Henry Borel Medeiros, morto aos 4 anos, em março, no Rio de Janeiro. Os investigadores da Polícia Civil suspeitam que o menino foi espancado até à morte.
O material de divulgação da campanha avisa que os maus-tratos a crianças podem ser informados às autoridades pelo programa Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Há ainda a possibilidade de a vítima e seus parentes buscarem a ajuda dos conselhos tutelares, em distritos policiais e nas unidades estaduais e federais do Ministério Público.
Os profissionais das áreas de Educação (professores, diretores e funcionários de escolas) e Saúde (médicos, enfermeiros e atendentes) também podem ser acionados para agir em defesa das crianças agredidas e ameaçadas.
O Brasil precisa tratar bem suas crianças. E você, cidadão, pode ajudar a protegê-las.