Notícias | 10 de março de 2019 17:08

‘Esporte Espetacular’ mostra projeto esportivo de inclusão de autistas

Juíza Keyla Cnop com o marido, o filho Arthur e o educador físico Rodrigo Brivio | Foto: Reprodução/TV Globo

O projeto do educador físico Rodrigo Brivio, que ajuda no desenvolvimento de crianças autistas, foi tema de reportagem do “Esporte Espetacular”, programa da TV Globo, neste domingo (10). O segundo aluno a entrar no projeto, há mais de oito anos, foi o filho da juíza Keyla Blank de Cnop (16º Juizado Especial Cível). Hoje com 14 anos, Arthur conseguiu evoluir suas habilidades sociais.

Veja aqui a reportagem. “Ele tem autismo regressivo, e se desenvolveu bem até os dois anos. Nessa idade, parou de falar e os comportamentos reduziram. Arthur ainda é pouco verbal, mas voltou a falar por causa do projeto”, conta a mãe do adolescente.

A reportagem mostra que Arthur iniciou o trabalho de ginástica nas barras paralelas. Hoje, faz piruetas nas barras assimétricas. “O esporte tem limite de tempo, tem a troca com o colega. Hoje, ele sabe esperar, por exemplo, a vez de usar o aparelho, e consegue sentar – em locais públicos, como restaurante. Essa evolução no comportamento social foi consequência do esporte”, explica Keyla.

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Acesso escasso

Atualmente, segundo a juíza, o projeto abriga cem crianças. Cem famílias estão na lista de espera. O quadro é reflexo da pouca quantidade de locais para atender famílias e crianças – apesar de haver um autista a cada 40 pessoas no mundo.

“Esse dado mostra que existe um autista em cada ônibus ou sala de aula. O mercado de trabalho para esse tipo de transtorno é imenso, mas existem poucos profissionais. Se tivéssemos uma rede maior, ou políticas públicas que estimulassem isso, teríamos melhores diagnósticos. Unindo isso ao tratamento, os sintomas do autismo são minorados”, explica a magistrada.

Keyla diz ser necessário mudar a mentalidade a respeito dos autistas: “O autista não vive num mundo próprio, mas neste mundo. As pessoas têm que sair para shopping, igreja, restaurante. Se não encontram um lugar adequado, não tem como incluir”.

Veja aqui a íntegra da reportagem do Esporte Espetacular.