À frente da administração do Tribunal de Justiça do Rio no biênio 2011-2012, o desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos se despediu do cargo na tarde de ontem (04), durante a cerimônia de posse da nova Administração da Corte. Com um discurso emocionado e saudoso, o magistrado deu início à solenidade, que foi realizada no Novo Pleno do TJ-RJ e contou com a presença de diversas autoridades dos poderes Legislativo e Executivo, como o governador Sérgio Cabral, o presidente da Alerj, deputado Paulo Mello, o prefeito Eduardo Paes, o corregedor geral da Justiça, ministro Francisco Falcão, e o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.
Ministro Luiz Fuz, desembargador Manoel Alberto e governador Sérgio Cabral
O magistrado começou a sua fala relembrando as transformações que a sociedade passou em função da atuação do Judiciário, e citou os ex-presidentes da Corte como peças chaves nessas conquistas. “Ao pronunciar esses nomes consagrados, quero apenas não homenageá-los, mas também rememorar aqueles que representam seguramente os 20 anos de maior transformação do Tribunal de Justiça do Rio. As mudanças foram espetaculares, mudou o Brasil, mudou a sociedade. Na verdade ocorreu muito pouco tempo entre a apresentação da última máquina de escrever e a chegada efetiva do processo eletrônico. No Judiciário já não se esperava apenas a solução de conflitos individuais que aconteciam aqui ou acolá. Praticamente tudo,ou quase tudo, nos foi entregue pela Constituição de 1988”, declarou o magistrado, citando as diversas áreas que a Justiça atua hoje em dia.
Na sequência, Manoel Alberto falou de membros do Judiciário que tiveram sua atuação e trabalho reconhecidos, descrevendo-os como “trabalhadores forenses”. O oficial de justiça, Felipe Nery de Carvalho, que deu nome ao Fórum de Casymiro de Abreu, e a juíza Patrícia Acioli, que se destacou na luta pela cidadania, e foi homenageada pela Amaerj em 2012 com a criação do I Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos, foram mencionados.
Em seguida, o desembargador discorreu sobre o saldo positivo do biênio que passou e fez ressalvas sobre os desafios da próxima gestão. “A sensação é de dever cumprido. Da minha parte quero dizer que estou encaminhando um documento que relata um grande número de realizações. Não tenho dúvida, perdoem a imodéstia, de que o biênio foi um dos mais positivos. Porém, por mais que tenhamos alcançados grandes conquistas, fica sempre evidente que muitas outras tarefas estão por realizar. Hoje os processos se contam aos milhões. O grande desafio será aumentar a gigantesca produtividade judicial sem perder a qualidade de julgamento. É o futuro que nos espera”, disse Manoel Alberto. Por fim, o magistrado agradeceu a contribuição das autoridades presentes, que participaram ativamente da administração da Corte, e terminou com trecho da música “É hoje”, do Caetano Veloso, desejando sucesso para a próxima Diretoria. “É hoje o dia, da alegria. E a tristeza nem pode pensar em chegar”, finalizou o desembargador.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj