Comemora-se nesta quarta-feira (19 de abril) o Dia dos Povos Indígenas. Novo integrante da 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) e ex-presidente da AMAERJ, o desembargador Cláudio dell’Orto encomendou para seu gabinete um quadro que destaca os povos originários.
Celebrado desde 1943, o Dia do Índio teve seu nome alterado em julho do ano passado. A mudança para Dia dos Povos Indígenas atendeu a demanda do movimento indígena que reconhece a nova nominação como mais representativa da diversidade e cultura destes povos. De acordo com dados preliminares do Censo Demográfico 2022, há 1,6 milhão de indígenas no país.
Autora do quadro, a pintora Izaura Lima, de 30 anos, ressaltou a importância de a obra ser exposta no TJ-RJ.
“Fico muito feliz em ocupar um território simbólico de tamanha importância e relevância social, anunciando em sua própria força e presença uma pintura que fala por si. Foi a partir dessa encomenda solicitada pelo desembargador Cláudio dell’Orto que me senti à vontade para dar início a algo que eu já namorava sem entanto declarar. O outro! Pessoas pretas, pessoas indígenas, empobrecidas, desvalorizadas e esquecidas marcadas pelo preconceito de um público que, às vezes, sequer sabe que ainda existem indígenas no Brasil”, afirmou.
Petropolitana, assim como o desembargador Cláudio dell’Orto, a artista falou sobre o conceito de liberdade presente no quadro.
“Essa pintura apareceu de forma inusitada, afinal o tempo e a experiência no olhar reflexivo se redefinem e se reinventam a todo instante. Em minha produção artística, busco exteriorizar emoções primitivas, essências reprimidas pelo processo civilizatório entre o expressionismo da figura e o surrealismo crítico de uma razão carregada de impulsos de um imaginário do inconsciente que se comunica pelo olhar. Em estado profundo de solidão e melancolia, ainda que pintado com cores quentes e gestos intempestivos, busco o desejo pela liberdade que está no fundo do que se vê.”
O desembargador Cláudio dell’Orto presidiu a AMAERJ nos biênios 2006-2007 e 2012-2013. No segundo mandato, criou o Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos. Magistrado desde 1991, é desembargador há 13 anos. Foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro (TRE-RJ) em 2021. Membro do Órgão Especial, passou a integrar a 1ª Câmara de Direito Público neste mês de abril.
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