O presidente eleito da Amaerj, desembargador Cláudio dell’Orto, concedeu entrevista à jornalista Adriana Cruz, publicada na edição de hoje (31), da coluna Justiça e Cidadania do jornal O Dia. O magistrado afirmou que vai lutar pela democratização nas decisões sobre o orçamento do TJ-RJ. “É fundamental transparência na administração do tribunal. Acho que os juízes e desembargadores deveriam ajudar nas tomadas de decisões sobre o orçamento. Vou sugerir a criação de uma comissão orçamentária integrada por cinco membros. Acho ainda que o presidente do tribunal deveria ser escolhido por juízes e desembargadores”. Dell’Orto falou, ainda, sobre as denúncias de irregularidades nos pagamentos de verbas extras a magistrados e sobre a atuação do CNJ.
Confira abaixo a entrevista completa:
Quais serão as marcas da gestão do senhor?
– Ética e democracia. É fundamental transparência na administração do tribunal. Acho que os juízes e desembargadores deveriam ajudar nas tomadas de decisões sobre o orçamento. Vou sugerir a criação de uma comissão orçamentária integrada por cinco membros. Acho ainda que o presidente do tribunal deveria ser escolhido por juízes e desembargadores.
Mas teria que mudar a Lei Orgânica da Magistratura Nacional no Congresso Nacional. Tarefa árdua.
– Sim. Mas a proposta tem que ser discutida.
Semana passada, o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou pagamento de super-salário no tribunal. Como o senhor avalia a questão?
– São valores que não foram pagos uma época. Magistrados vendem licenças e férias. Os pagamentos são legais, e imorais são os valores devidos.
O senhor é a favor da atuação do CNJ?
– Sou a favor de um órgão com função administrativa e não jurisdicional. O CNJ não pode atuar, por exemplo, em quebra de sigilo bancário ou em regras de prescrição.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj