Notícias | 20 de fevereiro de 2017 16:59

Corregedoria Geral da Justiça e Secretaria de Segurança estudam troca de informações

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Foto: CGJ

O corregedor-geral da Justiça, Claudio de Mello Tavares, e o secretário estadual de Segurança, Roberto Sá, se reuniram na sexta-feira (17) para facilitar a troca de informações entre a secretaria e o Judiciário. “Essa proximidade, esse canal de comunicação, fará com que possamos ajudar ainda mais a sociedade deixando um importante legado”, disse o corregedor.

O secretário de Segurança se disse aberto ao diálogo e ficou de trocar com a Corregedoria informações relevantes a respeito dos chefes de facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro, o que pode auxiliar as ações que correm na Vara de Execuções Penais (VEP). O corregedor pediu também que lhe fossem encaminhadas informações sobre possíveis dificuldades na integração entre as diversas delegacias com os plantões judiciais e audiências de custódia tendo em vista uma melhor prestação de serviços à população.

Roberto Sá informou ao corregedor-geral que está criando uma delegacia especializada em armas para que possa investigar com mais propriedade como os fuzis chegam aos criminosos cariocas.

“A Delegacia de Homicídios age na consequência dos atos dos bandidos, há uma delegacia especializada no combate às drogas. Agora, queremos focar nas armas. Pela fronteira entram as armas importadas. E as nacionais? Como chegam aos bandidos? Queremos rastrear principalmente fuzis e metralhadoras usados, principalmente nos bondes para tomada de morros. Apenas com revólveres eles não vão invadir favelas nem atacar UPPs. Vamos dar mais atenção à chegada de fuzis e explosivos. O trabalho policial tem que ser feito com base na inteligência,” disse o secretário.

Nos últimos 20 anos, foram apreendidas cerca de 25 armas por dia no Rio de Janeiro. O corregedor-geral e o secretário de Segurança enfatizaram a importância da aproximação e da troca de informações entre os dois órgãos e conversaram sobre as UPPs. Roberto Sá informou que está sendo feito um levantamento sobre a atuação dessas unidades, desde que foram criadas, para detectar possíveis falhas e o que pode ser feito para melhorar sua atuação.

“As ações dos bandidos têm que ter uma resposta rápida do poder público com a prisão dos responsáveis,” disse Sá. O corregedor observou que o Estado deve garantir às comunidades o acesso a serviços essenciais para reduzir assim a influência de traficantes nesses locais.

Também participaram da reunião os juízes auxiliares da CGJ Mello Serra e Leandro Abreu. Serra destacou a importância da tramitação eletrônica de inquéritos, nas delegacias, como forma de iniciar o processo criminal eletrônico que traria significativa celeridade no processamento das matérias criminais.

(Com informações da CGJ)