O combate à corrupção, a recomposição do quadro profissional, o reaparelhamento das polícias técnica e investigativa, o encaminhamento da Lei Orgânica da Polícia Civil para a Secretaria de Segurança e a integração com as demais instituições de segurança, incluindo o Judiciário. Estas serão as principais ações do novo chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa.
O corregedor-geral da Justiça, Cláudio de Mello Tavares, esteve na cerimônia, e a juíza Alessandra Bilac representou a AMAERJ. A cerimônia de posse foi nesta terça-feira (13), na Cidade da Polícia.
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Até então, Barbosa era diretor da Divisão de Homicídios, que reúne as três Delegacias de Homicídios do Estado. O delegado tem passagens pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, e participou do planejamento da segurança de grandes eventos recebidos no Estado.
“Assumo o compromisso de conduzir a Polícia Civil com lisura e minha integral dedicação, com a união dos homens de bem e das instituições pela luta por dias melhores para a população do Rio de Janeiro. Segurança Pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos nós. Continua sendo objetivo de preocupação de toda a população com impacto na liberdade do cidadão e que altera hábitos e comportamentos”, disse.
Barbosa ressaltou a importância da integração da Polícia Civil com instituições como o TJ-RJ, Ministério Público, Defensoria Pública, polícias Militar, Rodoviária, Rodoviária Federal, Forças Armadas e Secretaria de Segurança.
“A intervenção federal tem conduzido ações com respeito institucional irrepreensível, com definição de metas, respeitando o cumprimento da ordem institucional, com respeito às garantias individuais.É vital lembrar que além do trabalho conjunto, é necessário aporte de recursos para o funcionamento da Polícia Civil”, ressaltou.
Secretário de Segurança, o general Richard Nunes destacou que o objetivo da intervenção federal é fortalecer as instituições estaduais de segurança. “Trabalhamos com transparência, conhecimento e imparcialidade e o delegado Rivaldo inspira confiança e inovação. Vamos trabalhar com afinco para que os recursos aportados sejam devidamente empenhados, liquidados e pagos com lisura e transparência e que seja um avanço considerável da capacidade investigativa da Polícia Civil e da Polícia Judiciária. Temos que ter uma polícia de excelência”, frisou.
O ex-chefe da Polícia Civil, delegado Carlos Leba, destacou o desfalque no quadro de pessoal e no orçamento – que teve redução de 87%. Ele disse que, para atender as demandas de investigação do Estado, seriam necessários 26 mil profissional. Hoje, a instituição tem 8,5 mil agentes.
“Precisamos da ajuda do Poder Judiciário, do Ministério Público para que nossas demandas sejam atendidas. Não se faz Polícia Civil sozinho. Não se faz Polícia Judiciária sozinho. Mesmo com todas as dificuldades, mantivemos o pano de fundo da legalidade nas nossas operações”, afirmou.