Os 30 anos da Magna Carta se confundem com a do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Em outubro de 1988, a recém-promulgada Constituição incluiu o tribunal entre os órgãos do reestruturado Judiciário brasileiro. Naquele ano, o primeiro e o atual presidente estavam em diferentes momentos profissionais. Enquanto Evandro Gueiros Leite (97 anos) coordenou a estruturação da Justiça Federal e a instalação do STJ, João Otávio de Noronha (62 anos) observava os primeiros passos da corte como advogado.
O STJ completará seus 30 anos em 7 de abril, mas, em entrevista ao site do STJ, o primeiro e o 18º presidentes dividem suas histórias e impressões sobre o futuro do tribunal.
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Aos 97 anos, o ministro Gueiros Leite guarda na memória o desafio de transformar um comando constitucional em uma estrutura judicial em pleno funcionamento. Segundo ele, o pedido de instalação célere dos cinco Tribunais Regionais Federais e do STJ veio do próprio presidente da Assembleia Nacional Constituinte, deputado Ulysses Guimarães.
“Em seis meses, precisei extinguir o TFR [Tribunal Federal de Recursos] e criar o STJ. Na verdade, doutor Ulysses, na nova Constituição, nos deu esse limite de seis meses. Eu cumpri, sem dinheiro, porque não houve dotação”, relembra Gueiros Leite.
Para o futuro, o ministro acredita que a atuação do tribunal deverá ser aperfeiçoada, mas nunca suprimida, como ocorreu com o TFR. Já Noronha projeta um tribunal que selecione melhor as causas verdadeiramente importantes para a sociedade, “que repercutam em todos os rincões do Brasil”, afastando-se definitivamente da atribuição de mero revisor de julgamentos de segundo grau.
Leia neste link a íntegra da matéria especial publicada no site do STJ.