Judiciário na Mídia Hoje | 19 de outubro de 2022 00:01

Condenados a prestar serviços comunitários poderão atuar em sítio arqueológico no Rio

*Extra

Divulgação

O Tribunal de Justiça do Rio fará um convênio com o Instituto Pretos Novos, responsável por um sítio arqueológico que investiga enterros de inúmeros escravizados nos séculos XVIII e XIX, para que condenados a prestar serviços comunitários colaborem com o trabalho realizado pela instituição. O anúncio foi feito nesta terça-feira (18).

“A ideia é criar um caminho novo para as pessoas e auxiliar o Instituto Pretos Novos. É impossível ficar insensível ao que vimos aqui. É um capítulo triste da nossa história. Quem tem coração se sensibiliza com o que vimos hoje”, afirmou o desembargador Henrique Figueira, presidente do TJ-RJ, em visita à sede do instituto, na Zona Portuária do Rio.

De acordo com estudos feitos pelo Instituto Pretos Novos, mais de 40 mil escravizados recém-chegados ao Rio foram enterrados de maneira desumana, no local que antes selava seus destinos, a Rua do Cemitério — hoje Rua Pedro Ernesto, na Gamboa, Região Central da cidade.

Hoje coordenadora da instituição, Merced Guimarães encontrou ao menos 28 ossadas em seu terreno ao iniciar uma reforma em seu imóvel, em 1996. O Instituto Pretos Novos foi criado cerca de sete anos depois, ao lado da casa, com o intuito de estudar a história por trás desses enterros.

“É uma maravilha. Essas pessoas poderão nos ajudar e desempenhar diferentes papéis. Podem atuar como monitores, auxiliando nos trabalhos educativos do Instituto”, completa Guimarães.

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