AMAERJ | 04 de outubro de 2021 17:03

Comissão Julgadora escolhe os finalistas de Trabalhos Acadêmicos

Professores Eula Cabral e Pedro Barreto

Após a análise de 60 trabalhos inscritos, a Comissão Julgadora da categoria Trabalhos Acadêmicos do 10º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos definiu cinco finalistas, nesta segunda-feira (4).

O júri da categoria Trabalhos Acadêmicos é integrado pelos professores universitários Pedro Barreto Pereira, Antônio Amaral Serra, Cristian Wittmann e Eula Dantas Taveira Cabral. “Os trabalhos são excelentes e retratam a realidade brasileira e a contribuição da ciência e dos direitos humanos na melhoria do país”, disse Eula.

Confira os finalistas, pela ordem alfabética:

“Direito à educação e emancipação juvenil na cidade de Guarulhos/sp: um olhar sob a perspectiva da desigualdade racial”
O estudo trata da aplicação das políticas públicas educacionais no contexto de desigualdade racial em que estão inseridos os jovens negros e periféricos. O trabalho busca a efetiva promoção do protagonismo e emancipação social e política da juventude negra brasileira.

“Meninas cidadãs: reconhecimento, sororidade e emancipação”
O trabalho aborda a desigualdade de gênero na sociedade brasileira, a fim de difundir política pública para combater a violência patriarcal e viabilizar a construção de espaços seguros de acolhimento a jovens.

“Meu corpo não é pó: a luta feminina em Piquiá de Baixo contra a violação de direitos humanos”
O trabalho analisa como as mulheres da comunidade de Piquiá de Baixo, no interior do Maranhão, são representadas na Rede Justiça nos Trilhos, uma organização não-governamental que sustenta, denuncia e promove a viabilização de comunidades afetadas pelas siderúrgicas ao longo do Corredor Carajás.

“Somos árvores, terras e tantas mortes aqui: um relato da luta pela sobrevivência dos povos indígenas acometidos pela Covid-19 diante da negligência estatal”
O artigo analisa, de forma minuciosa, a atuação do poder estatal durante a pandemia, na perspectiva da comunidade indígena. Explora os principais desdobramentos desta conjuntura em favor da proteção da vida do índio.

“Trabalho Escravo Contemporâneo: uma análise da cadeia produtiva do Sisal na Bahia”
O texto aborda o trabalho escravo ainda presente na cultura nacional. O artigo ressalta que as condições de trabalho dos camponeses nas plantações de sisal na Bahia representam a nova roupagem que a prática assumiu após a abolição da escravidão em 1888.

Prêmio

Os vencedores serão conhecidos em 8 de novembro, na cerimônia de premiação. Os primeiros lugares de Práticas Humanísticas, Reportagens Jornalísticas e Trabalhos Acadêmicos receberão, cada um, R$ 15 mil; os segundos, R$ 10 mil; os terceiros, R$ 5 mil.

Os três primeiros colocados ganharão troféus. Os demais finalistas serão homenageados com Menções Honrosas. Na categoria Trabalhos dos Magistrados, os três primeiros colocados receberão troféus, sem premiação em dinheiro.

O Troféu Hors Concours será destinado, post mortem, à juíza Viviane Vieira do Amaral, vítima de feminicídio às vésperas do Natal de 2020.

Criado em 2012, o AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos é um prêmio que celebra a memória da juíza Patrícia Acioli. Titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, ela foi morta em 2011, em Niterói, por policiais militares.

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