* TJ-RJ
A 2ª Vara da Infância, Juventude e Idoso (VIJI) da Capital entregou Certificados de Habilitação para Adoção na sexta-feira (29) a adotantes casados e solteiros. O documento, que permite adotar uma criança no prazo de até dois anos, foi entregue pela juíza Glória Heloiza Lima da Silva, titular da Vara.
No encontro, a magistrada parabenizou os novos habilitados e ofereceu todo o apoio do TJ-RJ aos futuros pais adotivos, com suporte de juízes e equipe técnica especializada da Vara da Infância.
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Um dos casais contemplados foi Ana e Márcio, que receberam o Certificado com o menino Maximus nos braços. Casados há dez anos, a emoção com o novo membro da família Losso de Senna é tão grande quanto o nome escolhido para o bebê.
“Eu comecei a chorar quando recebi a notícia na última terça-feira por telefone. Estava no trabalho quando recebi a ligação. Fui embora correndo para a Vara da Infância com uma alegria imensa. Tivemos contato com ele duas vezes. Desde então não tenho dormido direito de tanta ansiedade. A expectativa é grande desde que descobri que não poderia gerar um filho por ter endometriose”, explicou Ana Rosa.
O pai de Maximus recebeu a informação durante a partida entre Argentina e Nigéria. Márcio disse que foi surpreendido com a notícia.
“De repente tocou o meu telefone e do outro lado da linha fui informado que meu filho chegou. Fiquei trêmulo de cima a baixo. Peguei um táxi correndo em direção à Vara de Infância. O primeiro contato foi muito emocionante. Bateu aquele receio da primeira reação que eu teria ao vê-lo, mas quando Maximus passou pela porta me olhando eu comecei a chorar”, acrescentou.
A fotógrafa Elaine da Silva de Almeida Castanheira, de 38 anos, e o assessor executivo Rodrigo Castanheira Santos, de 37 anos, também se emocionaram ao receber o certificado, mas ainda aguardam chegar a vez deles.
“A maternidade é um desejo desde criança. Ver uma adoção se concretizando e saber que vai chegar a minha hora depois de passar por três perdas no período gestacional é gratificante. Decidimos não tentar mais, queremos é ser pai e mãe através da adoção. Optamos por bebê até dois anos porque quero passar por todas as fases. Não tem como conter a emoção”, acrescenta.
O marido explica que optaram por essa faixa etária porque querem carregar o(a) filho(a) nos braços. Em relação ao sexo da criança eles não têm preferência.
“Para a gente o certificado é mais uma etapa da concretização do sonho de ser pais e passamos por três grandes perdas, em fase gestacional. Estamos a espera do nosso filho e percebendo que a nossa hora está chegando. Gostaríamos de vivenciar essa fase, mas em relação ao sexo não temos preferência”, disse.
Para a juíza Glória Heloiza, a adoção é um ato que pode salvar um mundo, através do gesto de dar um ‘sim’ para uma criança.
“Eu sempre digo aos pais que não tenham medo de serem pais. Não tenham medo de amar. Se, por acaso, em alguma vez, tiverem dúvidas, pensem que nenhuma criança está pronta para ser abandonada”, concluiu ela em discurso para os habilitandos.