Judiciário na Mídia Hoje | 30 de julho de 2021 14:31

Caso Henry: Justiça torna Jairinho réu por tortura de filho de ex-namorada

*Veja

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro | Foto: Matheus Salomão

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou o ex-vereador cassado Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, de 43 anos, réu por tortura majorada e falsidade ideológica no caso de mais um menino agredido pelo político entre os anos de 2014 e 2016. A criança, à época com três anos, é filha da assistente social Débora Mello Saraiva, de 34 anos. A história do garoto foi revelada por VEJA na edição de 2 de abril.

Débora manteve um relacionamento paralelo com Jairinho até o caso do menino Henry Borel, de 4 anos, vir a público. O ex-parlamentar e a mãe da criança, a professora Monique Medeiros, de 33 anos, estão presos e são réus por homicídio triplamente qualificado e tortura do menor, assassinado na madrugada de 8 de março no apartamento em que os três viviam na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Além do processo da morte de Henry, Jairinho também foi denunciado no final de abril por torturar a filha de outra ex-namorada.

A nova acusação em relação ao filho da amante de Jairinho foi apresentada pelo promotor Marcos Kac e tem base nas investigações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), conduzidas pelo delegado Adriano França, que documentou as agressões feitas pelo político contra o menino. Como VEJA havia mostrado, o garoto voltou de um “passeio” com o ex-vereador com o fêmur quebrado. Os investigadores conseguiram rastrear o registro do atendimento médico da época.

“A denúncia contém a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e rol de testemunhas. Os pressupostos processuais e as condições para o exercício da ação penal estão presentes”, escreveu a magistrada Daniela Alvarez Prado, da 35ª Vara Criminal, na decisão. A juíza, no entanto, não decretou a prisão dentro deste processo por considerar que Jairinho já está preso e que os fatos ocorreram há mais de cinco anos.

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