AMAERJ | 18 de novembro de 2023 13:46

Magistrados do Rio de Janeiro participam da 3ª Caminhada Negra

Caminhada Negra no Rio de Janeiro

Promovida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em diversas cidades do país, a 3ª Caminhada Negra resgatou no sábado (18) a memória afro-brasileira, a história e a cultura do povo negro na formação do Brasil. Participaram da ação o desembargador Wagner Cinelli e o juiz Vitor Porto, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

No Rio, a Caminhada Negra aconteceu em um trecho da Pequena África, no Centro. Nem mesmo o forte calor na cidade, com termômetros ultrapassando os 40°C, foi capaz de impedir a realização do encontro.

O juiz Vitor Porto já havia participado da 1ª edição do evento, em 2021. Desta vez, ele levou familiares e amigos para que eles também pudessem conhecer o circuito sobre a herança histórica africana no Rio. “Esse é um evento muito importante para conhecermos uma parte fundamental da nossa cultura”, afirmou o magistrado.

A guia de turismo Raquel Oliveira, do grupo Sou + Carioca, conduziu o grupo a partir do Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, passando pelo Morro da Conceição, Largo de São Francisco da Prainha e Pedra do Sal até o Cais do Valongo, sítio arqueológico do porto de receptação de africanos escravizados e atual patrimônio histórico da humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Percurso terminou no Cais do Valongo, patrimônio histórico da humanidade pela Unesco

Ao passar pelos locais, a guia observou que os espaços não contam com painéis informativos, o que prejudica o ensinamento de tão importante história para a população.

“Como a guia Raquel disse, os ambientes não são identificados e todos acham que está é uma parte comum do Centro do Rio. Mas, na verdade, existe uma história em cada detalhe da arquitetura desse local. É importantíssimo que todos conheçam”, destacou o juiz Vitor Porto.

Realizada em comemoração ao Dia da Consciência Negra, a Caminhada Negra é uma ação educativa e cultural que ressalta o engajamento da Magistratura na luta pela igualdade racial.

O evento também foi realizado neste sábado em São Paulo (SP), Salvador (BA), São Luís (MA), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Aracaju (SE), Olinda (PE), Belo Horizonte (MG), Macapá (AP), Fortaleza (CE) e Belém (PA). Na capital federal, a Caminhada acontecerá no dia 25.

O desembargador Wagner Cinelli participou da Caminhada Negra em São Paulo. Na capital paulista, o tema do evento foi Luiz Gama, primeiro advogado negro e patrono da abolição no Brasil. O percurso começou no Cemitério da Consolação, onde ele foi sepultado, e terminou no Monumento Luiz Gama, na Praça do Arouche.

“A igualdade racial é fundamental. Infelizmente estamos muito atrasados, a sociedade precisa de uma reinicialização imediata para que as pessoas debatam mais, tenham empatia e solidariedade”, disse o desembargador.

Desembargador Wagner Cinelli (ao centro) ladeado pelo presidente eleito da Apamagis, juiz Thiago Massad, e pelo cientista social Domício Grillo
Caminhada em São Paulo
Encontro na Pequena África, no Centro do Rio

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