As lutas associativas em defesa da magistratura, do Judiciário e da democracia nacional que marcam a história da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) foram celebradas em sessão comemorativa dos 70 anos da entidade. A comemoração aconteceu nesta terça-feira (10), no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. Presente ao encontro, a presidente da AMAERJ, Renata Gil, ressaltou a relevância da AMB, a maior associação de juízes do mundo, que congrega 14 mil associados.
“Este é um momento de muita alegria pra todos nós, magistrados. A AMB tem historicamente travado grandes batalhas para o Poder Judiciário, pilar do Estado Democrático de Direito. Isso ficou bem claro nas falas dos parlamentares hoje, sobre a importância das bandeiras históricas da AMB e da atuação no processo de democratização do país. Agora, vivenciamos a necessidade da democratização interna do próprio Judiciário. Com a ajuda do Parlamento, temos certeza que vamos vencer esta etapa também”, afirmou Renata Gil sobre o projeto de eleições diretas nos tribunais.
A presidente da AMAERJ destacou que a AMB está presente em todas as questões que atingem a sociedade e a atuação do sistema de Justiça.
“O Poder Judiciário do Brasil é referência mundial por sua força e independência. Tudo o que a AMB faz nestes 70 anos é trabalhar para que isso se mantenha. Esperamos que a partir desse intercâmbio de conversas e informações entre as instituições, que tem acontecido especialmente na gestão do presidente Jayme de Oliveira, consigamos evitar retrocessos. O trabalho é pela conscientização da pauta da magistratura no Executivo e no Parlamento, com o objetivo de avançar e tornar o Judiciário mais forte e independente”, afirmou.
Magistrados de todo o país estiveram presentes na sessão, entre eles o diretor de Aposentados da AMAERJ, Roberto Felinto, e a juíza do TJ-RJ Flávia Balieiro. Compuseram a mesa da cerimônia o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Herman Benjamin, os juízes Jayme de Oliveira (presidente da AMB), Julianne Marques (vice-presidente de Direitos Humanos da AMB) e Maria Isabel (vice-presidente Administrativo) e os deputados Marcos Pereira (1º vice-presidente da Câmara – Republicanos-SP), Sérgio Souza (MDB-PR) e João Campos (Republicanos-GO).
Sem poder comparecer à sessão em razão de uma viagem institucional, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), enviou mensagem parabenizando a AMB e os magistrados. Os parlamentares presentes também destacaram a representatividade da associação.
O presidente Jayme de Oliveira se disse extremamente honrado em dirigir a associação. “Parabenizo a magistratura brasileira, uma das melhores magistraturas do mundo. Nestes 70 anos aconteceu muita coisa e os juízes estavam lá, participaram ativamente dos momentos mais representativos da história do Brasil. Isso é motivo de orgulho. O aniversário é de vocês, colegas, que fizeram o nome dessa entidade. Parabéns a vocês.”
O presidente da Apamagis (Associação Paulista de Magistrados), Fernando Bartoletti, relembrou ações da AMB importantes para o cenário político brasileiro. “Para quem é associado, o aniversário da AMB representa estar inserido na histórica política do Brasil durante 70 anos. Quem atua na gestão acaba participando de toda a atividade política nacional, acho que isso que é o associativismo. É você estar dentro de uma associação defendendo os direitos e prerrogativas dos seus associados e participando da história política do Brasil.”
70 anos
Fundada no Rio de Janeiro em 10 de setembro de 1949, a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) completou 70 anos nesta terça-feira (10). Como parte das comemorações, nesta quarta-feira (11), às 17h, haverá sessão especial no Auditório Externo do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Às 21h, os magistrados se reunirão em jantar no Salão de Festas Unique Palace (Setor de Clubes Esportivos Sul).
Em sua história, a AMB esteve à frente de ações decisivas ao fortalecimento da magistratura, do Poder Judiciário e do país. A AMB congrega 33 associações regionais – 27 de magistrados estaduais, quatro trabalhistas e duas militares. Estiveram à frente da Associação sete ministros de tribunais superiores, além de 31 magistrados de diversos Estados.