Notícias | 10 de dezembro de 2015 15:08

AMB revela quem são e o que pensam magistrados brasileiros

O magistrado brasileiro tem, em média, 54 anos, é homem, branco, casado e tem dois filhos. Esse é o retrato predominante da classe, revelado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, na pesquisa interna “A AMB quer ouvir você”, realizada entre os associados da entidade. Os magistrados avaliaram diversos temas considerados relevantes para o Judiciário. A maioria é a favor da aposentadoria compulsória de magistrados aos 70 anos, da extinção do quinto constitucional como forma de ingresso na magistratura, das eleições diretas e da isonomia de proventos entre ativos e aposentados e contra a adoção de cotas para ingresso na magistratura.

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Foram 3.663 respostas ─ o que corresponde a aproximadamente 30% dos associados à AMB. O estudo foi concluído no segundo semestre deste ano, sob a coordenação técnica da cientista política e professora Maria Tereza Sadek, da Universidade de São Paulo (USP), com o auxílio do estatístico Fernão Dias de Lima.

Com as informações, a AMB espera contribuir para o aprimoramento do Poder Judiciário e o fortalecimento da magistratura brasileira, mediante a participação da entidade nos grandes debates nacionais e nas questões relacionadas à defesa do Estado Democrático de Direito.

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Perfil

Entre os magistrados que responderam à pesquisa, 74,6% atuam no primeiro grau e 25,4% no segundo grau e demais instâncias. A média de idade é de 53,9 anos; sendo 55,8 anos para os homens e 49 anos para as mulheres. Em relação à cor, brancos predominam com 84,4%; seguidos por pardos com 12,4%; preta com 1,3% e vermelha com 0,2%.

Na distribuição dos respondentes por gênero, 72,1% são homens e 27,9% mulheres. Em relação à pesquisa AMB 2005, houve um crescimento na proporção de juízas de 5,5%. Entre os anos de 2005 e 2015, verificou-se um pequeno crescimento também quanto à proporção de casados que passou de 80,8% para 81,8%.

Houve redução no percentual de solteiros, que caiu de 8,7% para 7,1% e de separados/divorciados que era 8,8% e subiu para 9,2%. Entre os respondentes, 63,2% possuem curso de especialização; 22,6% possuem mestrado; 5,8% doutorado e 1,4% pós-doutorado.

A pesquisa também revela que praticamente a totalidade dos entrevistados exerceu atividade profissional antes de ingressar na magistratura: 95%. O tempo médio de preparo para o ingresso na magistratura foi de 3,1 anos.

O exercício do magistério entre os juízes sofreu uma redução. O percentual de magistrados que lecionam caiu em comparação à pesquisa AMB 2005. Apenas 12% lecionam em faculdades de direito privada atualmente, ante 19,6% em 2005; e 13% na Escola da Magistratura, ante 14,8% como demostrado na pesquisa anterior.

Ao avaliar o exercício de sua atividade, a pesquisa aponta um alto índice de satisfação por parte dos magistrados: 48,5% se sentem muito satisfeitos; 44,7% medianamente satisfeitos e 6,8% “nada satisfeito”.

Fonte: Amaerj com informações da AMB