Em pronunciamento na abertura do seminário Corrupção e Eleições, na manhã desta segunda-feira (7), a presidente da AMAERJ e vice Institucional da AMB, Renata Gil, conclamou a magistratura a unir-se em defesa da Justiça.
“Entendemos que o momento é de aflição, sim. Existem diversos temas no Congresso Nacional que atacam o trabalho da magistratura, do Ministério Público e das polícias. Então, se nós não nos organizarmos, sociedade civil, integrantes dos poderes e das instituições, se não nos unirmos, estaremos fracos diante daqueles que querem escapar à aplicação da lei penal”, disse ela.
Para Renata Gil, os recentes acontecimentos relacionados à corrupção no Brasil preocupam a magistratura.
“Temos que enfrentar estes temas com serenidade, com parcimônia, porque temos um movimento muito grande desestruturação de nossas instituições”, afirmou a presidente da AMAERJ.
Também na abertura do seminário, promovido pela EMERJ, o desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, presidente do Tribunal Regional Eleitoral o Estado do Rio de Janeiro (TRE-RJ), disse que a coalizão formada pela Justiça Eleitoral com as polícias, o governo fluminense e o Ministério Público, para evitar irregularidades na eleição deste ano, já apresenta resultados.
“É mais do que uma integração. Hoje existe espírito de camaradagem. Estou absolutamente tranquilo quanto às eleições transcorrerem em regime de normalidade e tranquilidade”, destacou Fonseca Passos.
O presidente da EMERJ, Ricardo Cardozo, abordou em seu discurso o tema da eleição majoritária de 2018.
“Na eleição se expressa a vontade popular. Por isso, esse processo tem que ser livre”, disse o desembargador, para quem, em uma eleição marcada por irregularidades, não se respeita “a vontade do povo, de cada cidadão”.
“O Brasil precisar se renovar. O cidadão brasileiro não aguenta mais as práticas que historicamente vêm sendo perpetradas”, concluiu.