Saem os livros, o quadro e a sala de aula. Entram as salas de audiência e o contato direto com os magistrados. Cerca de 40 estudantes de Direito da Universidade Estácio de Sá (Duque de Caxias), do 8º ao 10º período, conheceram as dependências e o funcionamento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nesta segunda (26), pelo programa Juristur – Conhecendo o Judiciário, promovido pela AMAERJ.

Os estudantes também participaram de palestras com os juízes Joel Pereira dos Santos (coordenador do Juristur) e Sérgio Luiz Ribeiro de Souza (Direitos Humanos e Proteção Integral da AMAERJ).

Sérgio Ribeiro, vencedor do Prêmio Innovare 2015, falou sobre o projeto Apadrinhar, idealizado por ele, e sobre o trabalho na 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do TJ-RJ, onde é titular. Presidente do FONAJUP (Fórum Nacional da Justiça Protetiva), ele disse que a redução da maioridade penal não é a solução.

“Tenho certeza que se reduzir a maioridade penal para seis meses de idade o problema da violência não será resolvido. Pode reduzir a maioridade penal até o feto, desde a barriga da mãe, que não vai resolver. Vamos ficar atacando a consequência e jamais buscando resolver a causa”, afirmou Ribeiro.

O juiz Joel Pereira relembrou sua experiência de 40 anos na Justiça, desde os 13 anos de idade, quando realizava serviços gerais no fórum, até o exercício da magistratura. Ele ressaltou a importância do estudo para atingir o sonho profissional. O magistrado também explicou a estrutura do Judiciário brasileiro e funcionamento da Justiça no Rio de Janeiro.

Os estudantes conheceram o Museu da Justiça, com explicações do museólogo Leandro Pontes, o Salão dos Passos Perdidos, os antigos Tribunal Pleno, Gabinete Presidencial e Tribunal do Júri. Os alunos ainda acompanharam a sessão do Órgão Especial e estiveram no Tribunal Pleno.