Em reportagens jornalísticas divulgadas esta semana, magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contaram como o assassinato da juíza Patrícia Acioli, há dez anos, impactou na segurança da Magistratura. O presidente da AMAERJ, Felipe Gonçalves, falou sobre o tema em entrevista à TV Brasil.
“Hoje, há mais de 20 juízes com escolta policial. O caso da Patrícia Acioli serviu para o incremento de medidas que tenham como escopo melhorar a segurança dos juízes”, afirmou Gonçalves.
Ao site G1, o desembargador Antonio Jayme Boente, presidente da Comissão de Segurança Institucional do TJ-RJ, disse que a morte da magistrada levou o Tribunal a intensificar as medidas de segurança.
“É claro que o Tribunal, após o advento que vitimou a colega Patrícia Acioli, procurou inclusive redobrar suas cautelas e até conceder medidas protetivas mesmo que essas medidas sejam, vamos dizer assim, exacerbadamente superestimadas. O Tribunal prefere pecar pelo excesso dando uma medida protetiva a um magistrado que talvez não necessite tanto, até que uma análise mais acurada seja feita, do que pecar pela falta e possibilitar que algo venha a acontecer e esse magistrado seja atacado de alguma forma”, frisou Boente.
O G1 também entrevistou os juízes Fábio Uchôa, que substituiu Patrícia Acioli na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo após a morte dela, e Juliana El-Jaick, atual titular da 4ª Vara. Os magistrados relataram não sentir medo de atuar como juízes.
Patrícia Acioli foi assassinada por policiais militares, na madrugada de 12 de agosto de 2011, quando retornava do trabalho, no fórum de São Gonçalo. Ao todo, 11 PMs foram condenados pelo crime. À TV Brasil, o presidente Felipe Gonçalves criticou o fato de dois policiais ainda receberem salário.
“Não faz sentido que pessoas já condenadas há tanto tempo continuem recebendo seus vencimentos. Os trâmites burocráticos deveriam ter sido agilizados.”
Assista abaixo à reportagem da TV Brasil:
Confira aqui a notícia do site G1.
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