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Servidores da Justiça, em greve há seis dias, realizaram assembleia em frente ao Tribunal de Justiça do Rio, no Centro. Em encontro marcado por discursos acalorados e divisão dos manifestantes, os funcionários do judiciário estadual decidiram suspender a greve. Foram 400 votos pela suspensão da paralisação, contra 179 pela manutenção.
Com a decisão, de quarta-feira (13), os servidores permanecem em estado de greve, no qual podem cruzar novamente os braços caso algum dos projetos considerados prejudiciais à categoria sejam postos em votação.
Alguns servidores de outras categorias, como saúde, educação e segurança pública, deram apoio ao ato.
Os trabalhadores são contrários aos projetos do governo do estado que aumentam contribuição previdenciária dos trabhadores de 11% para 14% do salário, retiram do controle do TJ a administração do Fundo Especial e o repassa para o Poder executivo e ainda obriga o Judiciário a arcar com a folha de inativos, devido à má situação do Rioprevidência.
O projeto 257/16 do governo federal, que exige o aumento da contribuição, o congelamento de salários e a suspensão de contratações por dois anos também enfrenta resistência dos trabalhadores.
“No estado de greve ficamos de sobreaviso: se algum dos projetos que nos prejudica for à votação, paramos imediatamente”, explicou Luiz Otávio Ferreira, diretor de organização político sindical do Sind-Justiça.
Projetos do estado que aumentam contribuição previdenciária para 14%, retiram do controle do TJ à administração do Fundo Especial e repassá-lo para o Poder executivo e obrigar o Judiciário a arcar com a folha de inativos, devido à má situação do Rioprevidência.
Projeto 257/16 do governo federal exige aumento da contribuição, congelamento de salários e suspensão de contratações por dois anos.
Assembleia de hoje foi convocada após servidores receberem e-mail assinado pela presidência do TJ, que consideraram uma forma de pressão. O texto dizia que a greve poderia ser considerada ilegal, já que os salários estão sendo pagos em dia, e o movimento estaria prejudicando a população.
Fonte: G1
Foto: Alessandro Ferreira/G1