Alunos da Escola Municipal Escultor Leão Velloso, da Pavuna, participaram do Juristur na tarde de ontem (5). Os 32 jovens, do 8º e 9º ano do ensino fundamental, conheceram o programa da Amaerj através do Bairro Educador, um projeto da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e do CIEDS (Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável).
Os estudantes foram recebidos pelo coordenador do Juristur, juiz Joel Pereira dos Santos, que explicou o funcionamento da Justiça e incentivou os jovens a ter uma meta. “Acreditem em seus objetivos, lutem por isso, porque com garra, luta e trabalho vocês chegarão lá, o sonho de cada um é possível. Priorizem o estudo e valorizem a escola e os professores. Aproveitem a visita e acabem com a distância da Justiça, pois ela existe para ajudar a todos nós, para toda a sociedade”.
Os alunos conheceram as histórias e as instalações do antigo Palácio da Justiça guiados pela museóloga Blanca Dian, do Museu da Justiça. Os estudantes tiveram a oportunidade de ver a exposição “Projeto Memória do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro”, montada no Salão dos Espelhos, que contém diversos documentos históricos. Depois a turma foi ao Órgão Especial e realizou um Júri Simulado no Tribunal do Júri.
A professora Márcia Cirto disse que a visita foi importante para os jovens não se sentirem inferiores. “Eles são jovens de comunidades em situação de risco e por isso se sentem menores que os outros. Estar aqui é uma oportunidade de mostrar a eles que são cidadãos, que têm direitos e deveres como todos. É ótimo que os magistrados os tratem como pessoas, com respeito. Essa visita é importante para eles saírem do gueto e se sentirem pessoas em processo de evolução e não como incapazes e pobres. Com certeza levarão muita coisa daqui”.
A estudante Mikaela Rodrigues, de 15 anos, já sabe qual faculdade cursará. “Farei Direito sem dúvidas, é o objetivo da minha vida. Desde o caso Isabella (Nardoni), passei a observar os juízes e gostei da profissão. Com o dia a dia nosso sonho fica mais fraco, mas a partir de hoje tenho certeza que conseguirei ser juíza. Como o juiz Joel disse, temos que lutar para alcançar nossos objetivos”. A aluna Ayslanne Andrade, de 13 anos, passou a ver a Justiça de outra forma. “Achava que ela era injusta, mas a partir do Júri Simulado vi que ela pode ser correta sim”.
A visita terminou com um lanche no restaurante Golosità. Os estudantes foram acompanhados e guiados pela advogada Francisca Arlete Garcia de Lima e pelas estagiárias Camilla Nunes e Priscilla Mantuano.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj