No plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o desembargador Luciano Saboia Rinaldi de Carvalho, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), foi agraciado com a Medalha Tiradentes, maior honraria do Poder Legislativo fluminense. Na solenidade ocorrida na noite desta quarta-feira (18), o diretor cultural da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ), juiz Ricardo Alberto Pereira, representou a entidade.
A mesa de autoridades foi composta pelos desembargadores Luiz Zveiter e Caetano Ernesto da Fonseca, pelo deputado estadual Filipe Soares (DEM) e pelos advogados Felipe Santa Cruz, Luiz Gustavo Bichara, Juliana Bumachar e Ronaldo Redenschi.
Em discurso, Rinaldi agradeceu à Assembleia, aos deputados, aos parentes e amigos presentes e falou sobre a homenagem.
“Receber a Medalha Tiradentes, que é a mais alta condecoração do Estado do Rio de Janeiro, Estado que eu amo. Nasci aqui e vou morrer aqui. Sou apaixonado pelo nosso Estado e acredito que ele pode ir para frente, pode melhorar, e depende do trabalho de muitos de nós aqui. Se cada um fizer um pouco, cada um colocar um tijolinho, a gente constrói uma catedral, uma cidade nova, um Estado novo”, disse Rinaldi.
O magistrado discorrreu sobre sua trajetória como advogado. “Sou grato à advocacia. Eu não renunciei à advocacia. Minha OAB está suspensa, um dia voltarei para ela. A advocacia me ensinou a ganhar e perder, me deu casca.”
Rinaldi destacou os desafios da Magistratura. “Certamente errei, certamente já fui injusto em um julgamento. Mas nunca fiz isso intencionalmente. Peço a Deus para acertar mais do que errar. Ser juiz, ser magistrado, ser desembargador não é fácil. De minha parte acho que acertei mais do que errei, mas jamais fiz mal a alguém intencionalmente. Temos que fazer o bem pelo bem sem esperar reconhecimento.”
Na sessão, Caetano da Fonseca disse espelhar-se “no exemplo do Luciano, na persistência. É um guerreiro, um lutador, um homem que enfrenta os desafios.” O desembargador destacou os livros escritos por Rinaldi. “Sua obra de Processo Civil é espetacular. Sempre dizia para meus alunos: ‘quer conhecer responsabilidade civil, leia Sérgio Cavalieri; quer conhecer Processo Civil, leia Luciano’.”
Ao falar sobre a trajetória de Rinaldi, Zveiter disse que “a Assembleia e o deputado foram muito felizes em fazer esta homenagem”.
“Ele veio para a Magistratura para fazer esse humanismo que retrata em suas decisões, recebendo os advogados e as partes. Minimizando aquelas agulhas do dia a dia que a vida nos impõe. Sinto-me muito horando em poder dizer que sou seu amigo”.