Público retorna aos espaços culturais com o avanço da vacinação e do plano de reabertura
Por Evelyn Soares
A realidade do entretenimento mudou radicalmente em março de 2020, quando, até então, milhões podiam participar dos shows dos cantores preferidos e escolher o filme daquele festival de cinema favorito. A pandemia do coronavírus acabou com as filas e a limitação de ingressos, mas transformou o sofá na única poltrona possível.
Com a tímida reabertura dos espaços culturais no segundo semestre de 2020 e o avanço da vacinação neste ano, o público pôde retomar seu lugar e apreciar espetáculos ao vivo. Em novembro, o Estado do Rio registrava mais de 70% da população vacinada com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. A imunização coletiva e a orientação de comitês científicos trouxeram mais segurança ao retorno do entretenimento.
A Prefeitura do Rio liberou a presença de 100% de público em teatros, cinemas e eventos. A nova fase do plano de flexibilização autorizou a retomada de casas de festas e museus sem distanciamento. Estádios e ginásios também podem ter lotação máxima.
O resultado já se vê nas agendas culturais, com cada vez mais eventos presenciais. Exposições em consagrados museus – como o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), o MAR (Museu de Arte do Rio) e o Museu do Amanhã – estão abertas ao público mediante a compra de ingressos. Cinemas já retomam a quantidade de filmes em cartaz e de horários com blockbusters atraindo o público depois da queda de 77% de frequência e bilheteria em 2020, em comparação com 2019, segundo a Ancine (Agência Nacional do Cinema).
O ramo cultural registrou perda histórica de R$ 90 bilhões no ano passado, segundo a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape). O impacto pode ser amortizado com as casas de shows, com espetáculos nacionais e internacionais agendados até o segundo semestre de 2022 (caso do Vivo Rio, no Aterro do Flamengo). Outras ensaiam o retorno, como o antigo Metropolitan (Barra da Tijuca) – que reaparece batizada de Qualistage em janeiro de 2022.
Os grandes eventos também estão de volta: a Bienal do Livro, que reuniu até 600 mil visitantes em tempos pré-pandêmicos, chegou em dezembro no formato híbrido. A 20ª edição do maior evento literário do país abriu os corredores do Centro de Convenções Riocentro para 50% do público.
Mas a pandemia continua à espreita, com o surgimento da nova variante Ômicron. Proteja-se.
ESPAÇOS CULTURAIS REABERTOS
Artes visuais
CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil
Símbolo das artes no Rio, o CCBB atende
interessados em artes plásticas e teatro.
Site: ccbb.com.br/rio-de-janeiro
Local: Centro, Rio de Janeiro
MAR e Museu do Amanhã
Em prédios de arquiteturas eclética e modernista,
o MAR abriga exposições com olhar sobre o
Brasil e o Rio. No vizinho Museu do Amanhã,
exposição fixa de ciências apresenta os desafios
da humanidade nas próximas décadas.
Sites: museudeartedorio.org.br e museudoamanha.org.br
Local: Praça Mauá, Rio de Janeiro
Museu Casa do Pontal
Em nova sede, espaço abriga o maior acervo de
arte popular do Brasil, colecionado pelo artista
francês Jacques Van De Beuque (1922-2000).
Site: museudopontal.org.br
Local: Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Peças e shows
Vivo Rio
Casa de espetáculos no Aterro do Flamengo
tem shows de artistas nacionais e estrangeiros
programados até o segundo semestre de 2022.
Site: vivorio.com.br
Local: Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro
Teatro Riachuelo
Espetáculos teatrais e musicais com a presença de
público dão vida ao palco do antigo Cine Palácio.
Site: teatroriachuelorio.com.br
Local: Centro, Rio de Janeiro
Cidade das Artes
Espaço multicultural que abriga espaço para exposições,
salas para cursos e palcos para concertos e peças de teatro
Site: cidadedasartes.rio.rj.gov.br
Local: Barra da Tijuca, Rio de Janeiro