A Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude (Abraminj) e o Fórum Nacional da Justiça Protetiva (Fonajup) aderiram nesta terça-feira (13) à campanha lançada pela AMAERJ em defesa das crianças.
Idealizada pela direção da AMAERJ, a Campanha contra a Violência Infantil se propõe a mostrar à sociedade brasileira que todas as crianças deste país, independentemente da situação social, precisam receber dos adultos amor, atenção, carinho, educação e, sobretudo, tratamento humano e digno.
Por meio do site e das redes sociais da AMAERJ – e agora da Abraminj e do Fonajup -, a Campanha contra a Violência Infantil divulga fotografias de magistrados com as mãos abertas, pintadas na cor azul.
A imagem é alusiva ao caso de Henry Borel Medeiros, morto aos 4 anos, em março, no Rio de Janeiro. Os investigadores da Polícia Civil suspeitam que o menino foi espancado até à morte.
O material de divulgação da campanha avisa que os maus-tratos a crianças podem ser informados às autoridades pelo programa Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Há ainda a possibilidade de a vítima e seus parentes buscarem a ajuda dos conselhos tutelares, em unidades policiais e nas representações estaduais e federais do Ministério Público.
Por fim, os profissionais da Educação, como professores, diretores e funcionários de escolas, e da Saúde também podem ser acionados para agir em defesa das crianças agredidas e ameaçadas.
A magistrada Katy Braun do Prado, vice-presidente da Abraminj, disse que a parceria com a AMAERJ pretende “mobilizar a sociedade contra a violência infantil”.
“É direito da criança e do adolescente ser criado e educado sem qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. A ninguém é dado omitir-se diante da suspeita ou confirmação de violações dos direitos desses cidadãos em desenvolvimento”, afirmou ela.
Em comunicado oficial, o Fonajup também se manifestou.
“O Fonajup adere e apoia a campanha da AMAERJ contra a violência infantil para dar voz a milhares de crianças vítimas dessa prática no Brasil. A proteção de crianças é fundamental para seu completo e sadio desenvolvimento físico, psicológico, moral e social. O Fonajup entende que o cuidado com as nossas crianças contribui para uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.”
Para o juiz Daniel Konder, diretor de Direitos Humanos e Proteção Integral da AMAERJ, 2º vice-presidente da Abraminj e vice-presidente do Fonajup, “prevenir e proteger as crianças de contextos de violência é um imperativo da nossa própria existência e, mais que um dever moral, uma obrigação legal”.
“O Estatuto da Criança e do Adolescente é claro em afirmar que nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão, punindo os infratores por suas ações ou omissões”, acrescentou o magistrado.
O Brasil precisa tratar bem suas crianças. E você, cidadão, pode ajudar a protegê-las.