EMERJ | 27 de novembro de 2020 13:25

Aplicativo Maria da Penha Virtual apoiará mulher vítima de violência

Webinar de lançamento do app ‘Maria da Penha Virtual’ | Foto: Reprodução

Resultado da parceria entre o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o aplicativo Maria da Penha Virtual foi lançado nesta quinta-feira (26), no webinar “O Papel da Universidade no Enfrentamento à Violência contra a Mulher”. O encontro virtual foi promovido pela EMERJ (Escola da Magistratura do Rio de Janeiro).

Acesse aqui o app “Maria da Penha Virtual”. A equipe de estudantes de Direito e de tecnologia do Centro de Estudos de Direito e Tecnologia (Ceditec) desenvolveu o projeto. O grupo é liderado pela professora e vice-diretora da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, Kone Prieto Furtunato Cesário.

“Antenados ao crescimento da violência doméstica, os estudantes transformaram uma tecnologia facilitadora e de baixo custo para enfrentar este problema”, disse ela, no evento transmitido pelo YouTube e pela plataforma Zoom.

Para o diretor-geral da Escola da Magistratura do Rio, desembargador André Andrade, “isso é uma demonstração de que a sociedade civil também se mobiliza com uma iniciativa como essa”.

“Jovens tão talentosos que se debruçaram sobre estes problemas com um conhecimento prático que traz frutos”, acrescentou.

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O aluno do 7º período de Direito Rafael Nunes Wanderley, participante do projeto, apresentou o aplicativo e relacionou a iniciativa ao dever do Estado de combater a violência doméstica. “Possibilita agilizar o que deve ser agilizado desse processo. É preciso garantir a vida desta vítima e seus direitos”, afirmou.

A juíza Adriana Ramos de Mello exaltou a iniciativa dos jovens e afirmou que o app possibilitará o cumprimento da Lei Maria da Penha e ser um instrumento de promoção dos direitos das mulheres. “Tem tanto o embasamento constitucional quanto todos os normativos internacionais de direitos humanos”, disse.

Também participaram do encontro a juíza Katherine Jatahy; o diretor e a professora da Faculdade Nacional de Direito, Carlos Bolonha e Ana Lucia Sabadell; Madalena Muniz Bezerra de Mello, filha do desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo; e os participantes do projeto Hassany Chaves, João Vitor Ferreira, Luisa Rodrigues, Yuri Arruda e Matheus Moreira. Assista aqui ao webinar na íntegra.

Aplicativo

O Maria da Penha Virtual é um app que só pode ser acessado por meio de um link. O grupo decidiu criar esse tipo de aplicativo, que não pode ser baixado em computador ou celular, para não haja registros no aparelho nem que possa ser visto pelo agressor.

Tela de abertura do aplicativo ‘Maria da Penha Virtual’ | Foto: Reprodução

O objetivo do app é facilitar o envio de pedidos de medida protetiva aos órgãos competentes, sem precisar recorrer a advogados ou intermediários. Ao acessar, a vítima recebe informações sobre as medidas protetivas e preenche um formulário simples, em que insere seus dados, os do agressor e as informações relativas à agressão sofrida. Ao final, é gerado um pedido de medida protetiva, com todas as conformidades legais. O pedido entrará direto na distribuição do TJ-RJ.

Por ser um projeto piloto, o aplicativo atenderá apenas às mulheres que sofrerem violência no município do Rio de Janeiro. A intenção é que, futuramente, seja estendido a todo o Estado.

*Com informações de TJ-RJ, EMERJ e Agência Brasil