A presidente da AMAERJ, Renata Gil, participou da criação do Fórum Nacional Cível da Infância e da Juventude, nesta sexta-feira (24), no TJ-RJ. O juiz Renato Rodovalho Scussel, presidente da Abraminj (Associação Brasileira dos Magistrados da Infância e da Juventude), elogiou a Nova AMAERJ, que criou em fevereiro a diretoria de Direitos Humanos e Proteção Integral.
“Cobramos muito do Executivo, mas esquecemos do que fazemos no nosso próprio tribunal. A prioridade absoluta à criança e ao adolescente tem que começar na nossa Casa, como acontece na AMAERJ. Quiçá esse exemplo possa servir para outros tribunais e associações. É desta forma que o Judiciário pode demonstrar à sociedade a preocupação de nós, juízes, com a construção de um país mais justo e humano”, afirmou Scussel.
Renata Gil disse que a AMAERJ está completamente envolvida com o trabalho na área da proteção integral. Ela destacou que toda iniciativa dos juízes será apoiada pela associação.
“Não podemos esperar que outros trabalhem por nós, precisamos apresentar as nossas pautas, sair dos fóruns e propor medidas para o Legislativo e o Executivo. A inauguração do Fórum aqui é muito importante porque o Rio é a caixa de ressonância do Brasil. Tenham na AMAERJ a casa do juiz, não só do Rio de Janeiro, mas de todo o país.”
A juíza-auxiliar da presidência do TJ-RJ Adriana Ramos de Mello definiu a criação do Fórum como um momento histórico. “Me lembrei da criação do Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, em 2009, a partir do pleito de um grupo de juízes, reunidos no CNJ. Desde então, minha vida nunca mais foi a mesma. Fui a primeira presidente do Fonavid e, durante dois anos, andei o país inteiro com os colegas para fortalecer o segmento. Por isso, fico muito feliz de ser testemunha da criação desse Fórum, no Rio”.
A juíza Raquel Santos Pereira Chrispino, coordenadora Judiciária de Articulação das Varas de Infância e da Juventude do TJ-RJ, disse que o objetivo do Fórum é ser um espaço dos juízes. “Em um dia em que vemos as notícias de que o mundo não está mais tão unido assim, fazemos simbolicamente um encontro para criar um espaço de união entre os juízes da área de proteção à infância”, disse ela, citando a saída do Reino Unido da União Europeia.
A juíza-auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça, Regina Lúcia Chuquer, ressaltou a importância dos juízes da Infância e Juventude. “Vocês desempenham um trabalho que faz o futuro do Brasil. Se cuidarmos bem dos menores infratores hoje, não precisaremos punir o homem amanhã”.